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Mauro Cid está preso preventivamente por fraudes em cartões de vacina e é investigado em esquema de venda de presentes da União. - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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sábado 19 de agosto de 2023 às 20:24h

Advogado de Cid diz que ‘não é barato’ e que cobrou ‘milhões’ pela defesa do militar

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O advogado Cezar Bitencourt assumiu nesta semana a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência no governo Jair Bolsonaro (PL), após uma temporada sem atuar em casos de grande repercussão. O criminalista disse ao Estadão que é um advogado caro, mas não entrou em detalhes sobre os honorários. “Não sou barato, né?”, afirmou conforme Rayssa Motta e Tácio Lorran, do Esatdão.

Quando a reportagem insistiu sobre o valor do contrato, Bitencourt confirmou que o montante acertado chega próximo dos ‘milhões’. “Próximo, por aí. Não vou falar em valores, não”, desconversou. “Só falo dos meus honorários para a Receita Federal e emito as respectivas notas e pago os impostos correspondentes.”

Mauro Cid tem um salário bruto de R$ 26,2 mil como tenente-coronel do Exército. Já o pai dele, o general da reserva Mauro Lourena Cid, recebe cerca de R$ 36,6 mil.

Advogados experientes e com trânsito em tribunais superiores ouvidos reservadamente pelo Estadão afirmam que os honorários cobrados para assumir casos como o do tenente-coronel podem chegar a R$ 2 milhões. Outras variáveis também entram no cálculo, segundo relataram ao jornal, como a complexidade e o interesse em patrocinar o caso.

Alguns, por exemplo, podem até não cobrar nada e trabalhar apenas pela exposição, afirma um advogado com mais de 30 anos de experiência na condição de reserva.

Cezar Bitencourt é professor de Direito Penal e um advogado experiente. Ele defendeu, em 2017, o então deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o “homem da mala”, acusado de intermediar o repasse de R$ 500 mil em propina da JBS ao ex-presidente Michel Temer, no que foi um de seus últimos casos midiáticos.

Bitencourt é o terceiro advogado a assumir a defesa de Mauro Cid. As trocas anteriores ocorreram por motivos de “foro íntimo”, segundo os antecessores. Ao entrar no caso, prometeu uma “confissão” do cliente, implicando Bolsonaro, mas logo recuou. A nova estratégia deve ser tentar proteger tanto o ex-presidente quanto o pai.

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