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sábado 23 de julho de 2022 às 06:27h

Adversários na eleição presidencial, PL de Bolsonaro e PT de Lula estão juntos no Amapá

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Adversários nas eleições presidenciais, o PL de Jair Bolsonaro e o PT de Lula estarão em um mesmo lado nas eleições de outubro. Impensável na disputa para a Presidência da República, a dobradinha conforme o portal g1, será vista no Amapá. Isso porque os dois partidos anunciaram apoio a Clécio, do Solidariedade, candidato ao governo do estado.

É o único estado do país até o momento a ter uma aliança entre PT e PL.

Clécio é um dos principais candidatos na corrida local. Ex-prefeito de Macapá, ele também conta com o apoio de outros oito partidos além de PL e PT (veja a lista abaixo), além de ter como principais apoiadores Davi Alcolumbre (União Brasil), que foi presidente do Senado Federal entre 2019 e 2021, e o atual governador, Waldez Góes (PDT).

O candidato reúne em sua aliança os três mais bem posicionais na disputa presidencial. Além do PL de Bolsonaro e o PT de Lula, Clécio também será apoiado pelo PDT de Ciro Gomes.

Até esta quinta-feira (21), no entanto, o pré-candidato amapaense não disse oficialmente quem apoiará para Presidente da República. Na mais recente pesquisa Datafolha, de 23 de junho, a liderança está com Lula, com 47%, seguido de Bolsonaro, com 28%, e de Ciro, com 8%.

Governador Waldez Góes (PDT) e senador Davi Alcolumbre (União Brasil) são apoiadores de Clécio (SD) - centro - ao governo do Amapá — Foto: Fabook/Reprodução
Governador Waldez Góes (PDT) e senador Davi Alcolumbre (União Brasil) são apoiadores de Clécio (SD) – centro – ao governo do Amapá — Foto: Fabook/Reprodução
 Publicitário que integra a campanha do Clécio, Mauro Panzera declarou ao g1 que o Partido Liberal (PL) e o Partido de Trabalhadores (PT) integram uma lista de 10 partidos que confirmaram alianças com o pré-candidato pelo Solidariedade.

“Passamos a ter tratativas com os partidos políticos, pouco levando em conta o posicionamento nacional, mas trabalhando em torno das ideias do nosso programa para o Amapá”, disse Panzera.

“Essa aliança hoje, que deve se confirmar nas convenções, conta com mais de dez partidos, entre eles o PL, o PDT e a federação que é composta pelo PT, que apoia Lula. Mas nós não estamos colocando isso como critério, senão o PL não viria. O critério é aquilo que estamos planejando para o Amapá”, afirmou. A convenção do Solidariedade será em 28 de julho.

Confira a seguir os partidos que, segundo o Solidariedade, anunciaram que vão coligar com a legenda para as eleições majoritárias no Amapá:

  • PT
  • PL
  • PDT
  • União Brasil
  • PCdoB
  • PV
  • PSDB
  • Cidadania
  • PP
  • Republicanos

Presidente do PL no Amapá, Alex Pereira, não quis dar entrevista.

Entre as legendas listadas pelo SD está o Cidadania, presidido no estado por Dr. Furlan, prefeito de Macapá, que anunciou apoio a outro pré-candidato: Jaime (PSD).

Até a convenção estadual, marcada para 28 de julho, o Solidariedade busca apoio de mais duas agremiações: Rede Sustentabilidade, que retirou a pré-candidatura de Lucas Abrahão ao governo, e PSOL. A Rede é o partido de Randolfe Rodrigues, senador pelo Amapá e coordenador da campanha de Lula à Presidência. O g1 procurou o senador, que não se manifestou.

Quanto às eleições presidenciais, Panzera declarou que tudo indica que o apoio irá para Lula. “Nós vamos ter no nosso palanque tanto bolsonaristas quanto lulistas, mas é o Clécio que está no centro. Ele deve pessoalmente estar mais próximo do Lula, mas não é esse o critério. Nossa busca de unidade com os partidos é nossa proposta para o Amapá”, disse o publicitário ligado a Clécio.

Antônio Nogueira, presidente estadual do PT, declarou que o apoio ao postulante do Solidariedade foi uma forma de impulsionar a campanha esquerdista à Presidência da República.

“Nós chegamos a esse cenário em prol de unificar o palanque, aqui no Amapá, para o presidente Lula. O PT não está coligando com o PL, estamos coligando com o Solidariedade, que é do nosso arco de alianças. O PL, ao contrário, é adversário no cenário nacional. Agora o PL veio coligar com o Clécio, não temos relação direta. Isso não conflita. Nosso apoio é ao Clécio”, declarou.

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