Com a confirmação da ida dos deputados do Partido Progressista (PP) para a bancada de oposição ao governador Rui Costa (PT), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), disse em entrevista nesta última quarta-feira (16) ao BNews, que acredita que haverá um tensionamento maior na Casa com a mudança de lado dos parlamentares e que o Executivo pode encontrar dificuldades para votação dos projetos a partir de agora.
Menezes concedeu entrevista ao portal, diretamente de Brasília, onde visitou o gabinete do senador Ângelo Coronel. Na oportunidade, ele afirmou que os parlamentares do PP o garantiram que iriam continuar votando nos projetos que fossem de interesse da Bahia, mas sem que haja “cotoveladas” por parte do governador.
“Recebi a bancada do PP que foram me comunicar a sua nova posição, por uma questão de cortesia. Eles avisaram que estavam indo para o lado de Neto, mas que iriam continuar votando nos projetos de interesse da Bahia. Todos os projetos que o governador envia são de interesse da Bahia. Mas eles deixaram a ressalva de que não tivesse ‘cotovelada’. Ou seja, que o governador não tomasse nenhuma posição contrária a esses deputados”, disse.
“Mas acredito, é claro, que haverá, sim, um maior tensionamento na Assmbleia e terá uma maior dificuldade para a votação dos projetos”, completou o deputado.
Na última segunda-feira (14), o vice-governador João Leão, presidente estadual do PP, oficializou o rompimento com o governador Rui Costa ao entregar o cargo de secretário de Planejamento. Junto com ele, outros membros do partido também pediram exoneração ao governador.
Menezes afirmou ainda que irá aguardar o próximo movimento do governador Rui Costa em relação a substituição dos cargos no Executivo deixados pelos Progressistas.
“É claro que todos eles tinham muitos cargos no governo, tinham três secretarias, e é natural que o governador vá tirar todos. Então, não sei qual vai ser o posicionamento a partir do momento em que o governador fizer as substituições dos cargos”, disse ao BNews.