Conforme Jairo Costa Júnior, da coluna Satélite, no Correio*, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), reafirmou a aliados próximos que a indicação do substituto do conselheiro aposentado Raimundo Moreira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) só será analisada pelo plenário da Casa após as eleições. Embora a vaga no TCM esteja aberta desde 26 de maio, quando Moreira atingiu a idade limite de 75 anos, o governador Rui Costa (PT) e Menezes fecharam acordo para que o escolhido do petista seja anunciado quando a sucessão estadual estiver concluída. Por sua vez, o presidente da Assembleia garantiu submeter o indicado ao crivo dos deputados estaduais logo em seguida.
Ainda de acordo com a publicação, o acerto entre Rui Costa e Adolfo Menezes foi traduzido entre parlamentares das bancadas do governo e de oposição como sinal claro de que o destino da vaga, a princípio, é servir de prêmio de consolação para um integrante da base aliada ao PT eventualmente derrotado em 2 de outubro. Daí a intenção de aguardar, primeiro, o resultado das urnas.
O problema de condicionar a vaga do TCM ao fim da eleição é a alta chance de revés, avaliam líderes dos dois polos de poder no estado na coluna. Caso o PT perca a disputa pelo Palácio de Ondina, como indicam as pesquisas Datafolha e Ipec, o governador terá dificuldades para emplacar o substituto. Primeiro, porque a oposição soma hoje 28 deputados. Bastam quatro traições na base para barrar as pretensões de Rui, cuja vitória depende de pelo menos 32 votos. Segundo, porque a votação é secreta. O que favorece puladas de cerca antes da mudança de governo.