O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse ao jornal Valor, que o acordo entre a companhia e a Vale para explorar oportunidades conjuntas de descarbonização, anunciado nessa quinta-feira (28), renderá “contratos bilionários se o negócio for adiante”.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que os valores de investimentos serão estudados dentro das análises das duas companhias até julho do ano que vem.
Conforme Tolmasquim, os combustíveis renováveis podem envolver hidrogênio verde, metanol verde, “biobunker” (combustível de navegação sustentável), amônia verde e diesel renovável. “São duas empresas gigantes juntas. Temos uma sinergia muito grande do que a Petrobras pode produzir e o que a Vale precisa”, disse.
Tolmasquim explica que a parceria aproxima ambas as empresas de suas metas de sustentabilidade. Para a Petrobras, significa a garantia de um “offtaker”, um cliente certo para os projetos renováveis da estatal.
O memorando aponta para estudos conjuntos entre Petrobras e Vale, mas não define ainda termos práticos dos negócios. Segundo Prates, o prazo para conclusão desses estudos é julho de 2024, quando provavelmente as empresas fecharão negócios concretos sobre isso.
“O grupo ainda vai começar a formular os cronogramas, mas ainda não sabemos como vai ficar o desenho final. Pode ser desde um contrato de fornecimento mínimo até uma joint venture. Pode ser algo somente entre Petrobras e Vale como também podemos envolver outros parceiros”.