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quarta-feira 16 de outubro de 2019 às 18:21h

Acordo em MP assegura pensão a mães de filhos com síndrome do Zika

POLÍTICA


Um acordo costurado entre o relator da MP 893/19, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), e o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), vice-líder da minoria, assegurou a aprovação da matéria nesta quarta-feira (16) com alterações que ampliam a possibilidade de que mães de filhos com a síndrome congênita do Zika Vírus recebam a pensão. A matéria está pronta para ser analisada em plenário, com acordo para aprovação.

O acordo ampliou de dezembro de 2018 para dezembro de 2019 o marco temporal para a adesão ao benefício, que corresponderá a um salário mínimo e será vitalício, um por cada criança que nasceu com a síndrome do Zika (o texto original da MP tratava apenas da microcefalia e não previa a possiblidade de dois beneficiários ou mais por família).

O entendimento dos deputados também permitiu que os gastos com medicamentos e fraldas sejam descontados do cálculo de condição de pobreza que é critério para acesso ao benefício (renda per capita de ¼ do salário mínimo).
A MP que cria a pensão tem o objetivo de substituir a assistência social hoje conferida pelo BPC (Benefício de Prestação Continuada), que leva em consideração apenas a renda familiar e a condição de deficiência mental. Atualmente há 3 mil beneficiários do BPC portadores da síndrome do Zika e estima-se que outros 3 mil serão incorporados através do projeto.

“O que acontece é que muitas mães não conseguem acessar o BPC porque se ela ou o pai da criança tem um emprego que pague um salário mínimo já está fora dos critérios. Ou às vezes já acessa o BPC, mas fica impedido de conseguir um emprego e perder a assistência. Agora não, a aferição da renda se dá na adesão e depois o benefício se torna vitalício”, explica o deputado Jorge Solla.

O deputado petista também destaca a importância da ampliação do marco temporal e sinaliza que mudanças poderão ser realizadas no futuro. “Neste ano já temos mais de 300 casos registrados, o vírus infelizmente segue em circulação e a gente não pode excluir esse contingente de pessoas. Nós iremos apresentar projeto de lei para em 2020 abrir a possibilidade de novas adesões para eventuais novos casos”, assegurou.

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