As ações italianas tiveram desempenho superior ao de pares europeus nesta segunda-feira (26), depois que uma coalizão de direita liderada por Georgia Meloni venceu a eleição nacional, enquanto outras bolsas regionais caíram em meio à aversão ao risco após o aperto monetário de bancos centrais.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,42%, a 388,75 pontos, e encerrou perto de mínimas desde dezembro de 2020 após uma forte liquidação na semana passada, quando dados mostrando desaceleração na atividade econômica na região e aumentos das taxas de juros por vários bancos centrais globais aprofundaram os temores de uma recessão.
Operadores apostam que um aumento da taxa de juros do Reino Unido pode ser iminente depois que a libra caiu para uma mínima recorde em relação ao dólar na esteira de um pacote fiscal mal recebido, anunciado na sexta-feira.
Já o índice italiano FTSE MIB avançou, impulsionado por ações financeiras depois que a coalizão de centro-direita conquistou uma clara maioria nas duas casas do Parlamento, o que potencialmente dá à Itália uma rara chance de estabilidade política após anos de tumultos e coligações frágeis.
Um governo de direita não alterará significativamente os fundamentos econômicos da Itália, disse a agência de classificação DBRS. Meloni, que deve se tornar a primeira mulher primeira-ministra do país, prometeu apoiar a política ocidental para a Ucrânia e não correr riscos com as finanças frágeis da Itália.
Bancos, saúde e alguns setores defensivos lideraram as quedas nesta segunda-feira.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,03%, a 7.020,95 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,46%, a 12.227,92 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,24%, a 5.769,39 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,67%, a 21.207,25 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,99%, a 7.508,50 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,30%, a 5.415,93 pontos.