As ações do UBS chegaram a despencar 16% na manhã desta segunda-feira (20) segundo a AFP, após o anúncio do acordo de compra do banco suíço Credit Suisse, cujos papéis desabaram 60%. O negócio derrubou as Bolsas na Europa logo na abertura, com o temor de investidores de que a situação dos sistema bancário ainda não estivesse sob controle, mas os índices acionários inverteram o sinal e passaram a subir por volta de 7h15.
O UBS comprou seu concorrente por 3 bilhões de francos suíços, valor que corresponde a US$ 3,23 bilhões. Os ativos combinados dos dois bancos são aproximadamente o dobro do tamanho do PIB da Suíça.
O Credit enfrenta grave crise, que se agravou na semana passada, após uma auditoria externa apresentar “fragilidades” em seu balanço e seu principal acionista se recusar a fazer um aporte na instituição. A solução encontrada pelo governo suíço foi facilitar sua compra pelo concorrente UBS.
As ações do UBS chegaram a cair 16% no pregão em Zurique. Mas a perda estava um pouco menor, com queda de 7%, pouco após 7h. As ações do Credit Suisse desabaram 60% pela manhã.
As ações de vários outros bancos estão em queda. Dos papéis que compõem o Stoxx Europe 600 Banks Index (índice que reúne ações de instituições financeiras), 41 caíam. O ING, por exemplo, afundava 4,5% e o Socité Générale tinha baixa de 3,4%.
O mesmo ocorria em outras praças. Em Hong Kong, as ações do britânico HSBC tombavam 6,2%, a maior queda desde setembro de 2022.
O temor é que os bancos terão de buscar novas fontes de capital se houver uma perda de confiança nos seus papéis. Além da crise do Credit, bancos regionais nos EUA – Silicon Valley Bank e Signature Bank – quebraram nas últimas semanas, abalando o sistema financeiro.
A Bolsa de Londres chegou a cair mais de 1%, mas operava em leve alta de 0,2% após 7h. Paris subia 0,42% e Frankfurt avançava 0,4%.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 1,42%. O índice Nikkei 225 perdeu 388,12 pontos, a 26.945,67 unidades.