A repercussão do atentado contra Donald Trump não ficou apenas na esfera política. Além dos mercados internacionais, que já começaram a desenhar cenários depois do atentado de sábado, empresas ligadas ao ex-presidente também ganharam destaque nesta segunda-feira (15).
As ações da Trump Media, empresa controladora da plataforma de mídia social Truth Social, subiram 50% nas negociações de pré-mercado desta segunda-feira. A companhia viu as negociações de suas ações oscilarem bastante durante a corrida eleitoral. Os papéis chegaram a despencar quase 50% nas três semanas seguintes à condenação criminal de Trump, que também é o acionista majoritário da empresa. Isso ocorre no momento em que o Truth Social luta para aumentar sua pequena base de usuários.
Em seu relatório de lucros do primeiro trimestre, apresentado em maio, a Trump Media registrou um prejuízo líquido de US$ 327,6 milhões e uma receita total de US$ 770.500. A empresa alertou os investidores no mês passado que se Trump usar outras plataformas de mídia social além do Truth Social, isso “poderia ter um efeito adverso material nos negócios e/ou operações da TMTG”.
O CEO da Trump Media, Devin Nunes, ofereceu as suas “mais profundas condolências” aos feridos no ataque na Pensilvânia e à família da pessoa morta no evento.
“A situação exige uma investigação federal rápida e completa para determinar todas as circunstâncias deste ataque covarde e para identificar se outras pessoas estavam envolvidas”, disse Nunes em comunicado no sábado.
“Também peço ao governo federal que forneça quaisquer recursos de segurança solicitados pelo Presidente Trump para garantir a sua segurança”, acrescentou.
Analistas sugeriram que a tentativa de assassinato poderia tornar mais provável a vitória de Trump nas eleições de novembro.
“Os acontecimentos de sábado, se fizerem alguma coisa, fortalecerão o argumento para que o presidente Donald Trump vença as eleições em novembro. Acho que foi a isso que os mercados reagiram”, disse Rob Casey, sócio da Signum Global Advisors, à CNBC.