As ações da Petrobras disparam quase 5% na abertura do pregão, após ser reajustado o preço dos combustíveis. Perderam tração, mas ainda têm alta considerável, sobretudo por ser mais um dia de aversão geral a riscos. Por volta de 11h15, os papéis ordinários (ON, com direito a voto em assembleias) da estatal subiam 2,91%, a R$ 34,61. Preferenciais (PN, com preferência por dividendos), 3,26%, a R$ 31,64.
Mais cedo, a estatal anunciou um reajuste e tanto nos preços da gasolina e do diesel. A medida reduz a defasagem dos preços praticados por ela em relação a concorrência interna e externa. Em outras palavras, depois de muito resistir, a companhia acompanhou o rali recente do petróleo. E seus acionistas, portanto, deixarão de ficar a ver navios enquanto as receitas da companhia deixavam de ser impactadas positivamente para ajudar o governo a conter a inflação.
Dando uma mãozinha a mais para as ações da estatal subirem, de maneira contraintuitiva, os preços do petróleo operam em leve queda nesta terça (15). Ou seja, ajudam ainda mais a ser reduzida a defasagem de preços praticados pela companhia. As ações da concorrência privada, que operam livres de interferência política, vão apanhando. No mesmo horário, papéis da Prio caíam 4,12%, a R$ 46,59. Os da 3R, 2,06%, a R$ 32,36
Em comunicado, a empresa detalhou que aumentará em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro.
Assim, considerando mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba. No ano, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,15 por litro, pontuou a empresa, em informe sobre o tema.