O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), disse a aliados que quer um quadro técnico no comando da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), que hoje está sob a batuta do vereador licenciado Isnard Araújo (PHS).
O chefe do Palácio Thomé de Souza pretende “despartidarizar” a pasta conforme publicou o Bahia Noticias na última semana, que está desde 2017 sendo chefiada pelo PRB, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Apesar de ser do PHS, Isnard é indicado para posto pelo PRB e é pastor da IURD.
Especula-se ainda que a Secretaria Municipal de Trabalho, Esportes e Lazer (Semtel) deve ficar com o PSL, sigla do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). “Tudo é possível”, despistou o prefeito. Em outubro, ACM Neto se reuniu com a deputada federal eleita Dayane Pimentel, que preside o PSL no estado, e teria prometido uma pasta ao marido dela, Alberto Pimentel.
Para Limpurb, o deputado estadual Pablo Barrozo (DEM) chegou a ser cotado, mas a cúpula de ACM Neto diz que hoje a “chance é zero”. O vereador Tiago Correia (PSDB), que já administrou a empresa, foi convidado pelo chefe do Palácio Thomé de Souza, mas recusou o convite. “Achei que foi bom, mas já dei minha contribuição”, disse o tucano.
Nesta semana, o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), retorna a Salvador após um mês na Europa, onde foi estudar. Neto quer que o aliado assuma uma secretaria, mas Bruno tem resistido à proposta. O número 2 do Thomé de Souza argumenta que quer ficar “solto” na gestão, como coordenador dos programas sociais, e assim pavimentar sua candidatura para 2020.
Neto já avisou que Bruno Reis é um dos nomes do grupo para ser o seu sucessor, mas deixou claro que o correligionário terá que se viabilizar.