“Aqui (prefeitura de Salvador) a gente preza pela moralidade”, disse o gestor
O prefeito ACM Neto (DEM) contestou a publicação de uma matéria da Folha de São Paulo, que apontou, nesta terça-feira (9), que pelo menos seis empresas de parentes de seus aliados faturaram R$ 715,2 milhões em contratos com a prefeitura de Salvador entre janeiro de 2013 e julho de 2019.
“Uma matéria altamente tendenciosa, eu respondi duramente à Folha de São Paulo porque uma matéria que traz, principalmente no título…porque quem lê a matéria vê que não tem nada, mas o título pode levar a ilações que eu refuto e refutei duramente na carta que fiz à editoria da Folha de São Paulo, encaminhei a eles hoje. Porque todos os processos aos quais eles se referem são processos licitatórios públicos de livre participação de qualquer empresa do país, muitos inclusive por pregão eletrônico, nenhum deles questionado na Justiça, nenhum deles questionado por empresas que eventualmente possam ter se sentido prejudicadas”, afirmou o prefeito.
Na continuidade de sua réplica, ACM Neto sugeriu haver seletividade na produção do conteúdo, e sugeriu que houvesse apuração também nos contratos celebrados pelo governador Rui Costa.
“Essas empresas que venceram contratos algumas nem mais prestam serviço, outras continuam prestando serviço assim como prestam ao governo do estado. Por que não perguntam a Rui Costa? Por que que não perguntam? Porque boa parte dessas empresas presta serviço ao governo do estado. Por que que não fazem ilação?”, acentuou
Neto sustentou que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios e seus contratos são celebrados sob vigilância do Ministério Público.
“Agora, não existe nenhum impedimento de que uma determinada empresa participe de uma licitação. O que não poderia haver era processo direcionado, como não houve. O que não poderia haver era favorecimento indevido, como não houve. E vocês podem perceber que Tribunal de Contas do Município aprovou todas as contas da prefeitura e ninguém questionou esses contratos, assim como o próprio Ministério Público que acompanhando uma série de serviços prestados pelo município, inclusive alguns desses que foram levantados na matéria”.
“Aqui a gente preza pela probidade, pela transparência, pela moralidade, pelo cumprimento dos ditames legais, respeitamos estritamente o que está previsto na lei e eu vi com muita estranheza, sobretudo vindo de um jornal que eu reputo que é sério, de um jornal que tem credibilidade, mas que nesse caso, infelizmente, foi incorreto e fez uma leitura, principalmente na chamada da matéria que pode sugerir coisas que não acontecem aqui nesta cidade”, encerrou.