A Polícia Federal aponta segundo Eduardo Gonçalves, do O Globo, apenas indícios de que um empresário pode ter pedido ajuda ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto para destravar negócios de um grupo empresarial suspeito de fazer parte de um esquema de desvio de recursos públicos. Segundo investigadores, há diálogos entre os alvos da operação que sugerem uma referência ao dirigente do partido União Brasil. Neto não teria nenhum envolvimento com os criminosos.
ACM Neto não é investigado formalmente no inquérito. Procurado pelo jornal O Globo, ele afirmou, por meio de nota, que as investigações não encontraram “qualquer diálogo” seu nem mesmo “citação direta” ao seu nome. “Existem apenas inferências, que, ainda assim, não estão relacionadas a qualquer ato ilícito”, disse o ex-prefeito.
A PF disse ainda conforme o jornal, que ACM Neto foi citado pelos suspeitos como o “amigo” que seria capaz de resolver um impasse sobre um pagamento para o grupo suspeito. Der acordo com o inquérito, o empresário José Marcos de Moura, membro da executiva do União Brasil e conhecido como “Rei do Lixo” por ter vários contratos públicos na área de limpeza urbana, mencionou o nome do ex-prefeito de Salvador durante as investigações
No diálogo, Moura diz a um interlocutor que se ele não conseguir “solucionar” a situação de um pagamento com um secretário municipal de Salvador, promete acionar um “amigo”, mas nunca citou o nome de ACM Neto e, segundo as investigações, Moura já utilizava a aproximação com diversos políticos para resolver pendências em contratos públicos.