Apesar dos integrantes do União Brasil quererem que ACM Neto tenha uma postura combativa em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito de Salvador tem descartado essa possibilidade segundo Rodrigo Daniel Silva, do jornal Tribuna, em conversas reservadas com os próprios correligionários.
Correligionários de ACM Neto ouvidos pela Tribuna relataram que o ex-prefeito não pretende ter “nenhuma aproximação com o governo federal”, mas também avalia que não é “inteligente fazer uma oposição dura” a Lula neste momento.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, os parlamentares do União Brasil reclamam que o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, se uniu ao senador Davi Alcolumbre para negociar os cargos com Lula à revelia da bancada. Eles pressionam para que ACM Neto assuma uma postura combativa contra o que chamam de “adesismo” da sigla.
De acordo com o ex-senador José Agripino, vice-presidente do União Brasil, Bivar negociou com o Planalto sem aprovação de ACM Neto, que submergiu após ser derrotado na disputa pelo governo baiano. “A maioria do União Brasil é centrista e não vai fazer parte de forma aderente ao governo. A participação nos três ministérios não determina que o partido esteja na base do Lula”, disse Agripino. Procurado, Bivar não se manifestou.
Investimentos
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), cobrou na última terça (28) maiores investimentos e melhoria do serviço prestado pela Embasa na cidade e afirmou que esta é uma condição necessária para a renovação do contrato de programa com a estatal.
“Um dos objetos dessa discussão para assinatura do contrato de programa é a quantidade de investimento que vai ter em Salvador. Temos três problemas críticos. Um deles são os córregos e canais que correm a céu aberto, principalmente nas baixadas e vales. Um segundo problema é a rede de água e esgotamento que rompe com frequência. É preciso dar manutenção e substituir essa rede. E o terceiro problema é que diversos bairros sofrem com a falta de abastecimento de água. A coisa mais comum é você ver em Salvador áreas da cidade com três, quatro dias sem água”, listou o prefeito.