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segunda-feira 15 de julho de 2024 às 14:02h

Aborto, adoção de crianças por casal gay e descriminalização das drogas: veja a posição dos brasileiros, segundo pesquisa

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Os brasileiros mantêm posicionamento mais conservador em boa parte das pautas de costumes, de acordo com a nova pesquisa “A Cara da Democracia”, feita entre 22 e 29 de agosto pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT). A opinião sobre os temas diversos que permeiam a sociedade, porém, tem ficado mais dividida e até é mais favorável à diversidade a depender do assunto. O retrato é observado ao longo da série histórica do levantamento, iniciado em 2018 e que tem captado oscilações na forma de pensar da população.

Os dados mostram que há expressiva maioria a favor da redução da maioridade penal (65%) e que rejeita a descriminalização das drogas em geral (69%). Há ampla parcela dos brasileiros que também se diz contrária à legalização do aborto, mas houve recuo desse percentual frente a 2023. Agora se dizem contra mudar a legislação 72%, ante 79% há um ano, enquanto os favoráveis são 17% (eram 14%) e 9% respondem que “depende” (eram 6%).

A oscilação ocorreu em meio ao debate sobre o chamado PL Antiaborto, proposta para equiparar ao crime de homicídio simples casos de aborto após 22 semanas de gestação, inclusive em situações em que o procedimento é permitido em lei, como após estupro. O texto foi apresentado pela bancada evangélica na Câmara e sua tramitação gerou reação contrária, com protestos e críticas nas ruas e nas redes sociais. Os dados da pesquisa “A Cara da Democracia” mostram que, no Brasil, uma fatia majoritária segue contra a prisão de mulheres que abortam (58%), o que reforça a rejeição ao PL.

Os brasileiros também se posicionam mais a favor da adoção de crianças por casais gays que contra. O percentual dos pró-adoção é 53%, o mesmo do ano passado, ante 38% que a rejeitam. O índice de apoio ao tema já foi de apenas 37% em 2018.

Já o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo segue gerando divisão: 45% são a favor e 45% se dizem contra o direito permitido no Brasil desde 2013. Outros 4% afirmam que “depende” e outros 6% não sabem ou não responderam. A distância entre os favoráveis e contrários ao casamento gay já foi maior. Em 2018, apenas 38% dos brasileiros defendiam o direito.

A pesquisa “A Cara da Democracia” foi feita com 2.536 entrevistas presenciais de eleitores em 188 cidades, de todas as regiões do país. O levantamento é financiado pelo CNPq, Capes e Fapemig e é feito pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT), que reúne pesquisadores das universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos e o índice de confiança é de 95%.

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