Há algumas semanas, uma articulação dos líderes de Jair Bolsonaro esvaziou as sessões da Câmara dos Deputados de modo a tirar o protagonismo de Rodrigo Maia (DEM) e seu poder de ditar a pauta do país. Maia esperneou, mas ficou mesmo sem conseguir articular sua agenda legislativa que poderia ampliar suas chances de protagonismo em 2022.
Sem reforma tributária, o presidente da Câmara, que dificilmente conseguirá uma nova reeleição, saboreou há pouco uma pequena vingança contra o Planalto ao derrubar a sessão que votaria nesta quarta o projeto de incentivo à navegação de cabotagem (PL 4199/20).
Segundo a coluna Radar, Maia alegou falta de acordo entre os partidos para encerrar a Ordem do Dia sem votar a matéria tão aguardada pelo governo. Para a revolta da equipe de Tarcísio de Freitas, que trabalhou no texto durante meses.
O Plenário havia começado a analisar o projeto. No entanto, em conversa com o relator, deputado Gurgel (PSL-RJ), e outros líderes, Maia constatou, segundo a assessoria da Câmara, que o texto não teria acordo para ser votado.