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terça-feira 25 de agosto de 2020 às 12:43h

A reunião em que o ministro do TCU pediu propina ao empreiteiro, segundo a delação do ex-presidente da OAS

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O que levou à denúncia do ministro do TCU Vital do Rêgo hoje pela Lava-Jato  (e o bloqueio de R$ 4 milhões de seus bens) foi a delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, hoje em prisão domiciliar.

Segundo o jornal O Globo, Pinheiro contou que em 2014 pagou uma propina a Vital para que a OAS fosse blindada na CPI da Petrobras no Senado, da qual Vital, então senador, era o presidente.

No seu relato, o empreiteiro disse que teve dois encontros com Vital para articular o esquema que o livraria da CPI.

Em 25 de abril, teve um encontro em Brasília com Vital em com o então senador Gim Argello, do qual participou também um executivo da Odebrecht.

Em 6 de maio, Léo participou de uma conversa definitiva, na qual estiveram presentes Gim Argello, Vital e, na parte inicial, Ricardo Berzoini, então ministro de relações institucionais de Dilma Roussef. Berzoini, abriu a reunião pedindo que todos se acertassem e foi embora. O local do encontro foi a casa de Vital do Rêgo.

Ao longo da noite, foi R$ 5 milhões à OAS para aliviar a empresa na CPI. Foi dito, segundo Léo, que o dinheiro serviria para a campanha de Vital do Rego ao governo da Paraíba, nas eleições daquele ano (Vital acabou com 5,2% dos votos, não se elegeu). Léo contou que parte do dinheiro foi dado e que outra parcela seria entregue após o pleito. A segunda parte acabou nunca sendo paga.

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