O que levou à denúncia do ministro do TCU Vital do Rêgo hoje pela Lava-Jato (e o bloqueio de R$ 4 milhões de seus bens) foi a delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, hoje em prisão domiciliar.
Segundo o jornal O Globo, Pinheiro contou que em 2014 pagou uma propina a Vital para que a OAS fosse blindada na CPI da Petrobras no Senado, da qual Vital, então senador, era o presidente.
No seu relato, o empreiteiro disse que teve dois encontros com Vital para articular o esquema que o livraria da CPI.
Em 25 de abril, teve um encontro em Brasília com Vital em com o então senador Gim Argello, do qual participou também um executivo da Odebrecht.
Em 6 de maio, Léo participou de uma conversa definitiva, na qual estiveram presentes Gim Argello, Vital e, na parte inicial, Ricardo Berzoini, então ministro de relações institucionais de Dilma Roussef. Berzoini, abriu a reunião pedindo que todos se acertassem e foi embora. O local do encontro foi a casa de Vital do Rêgo.
Ao longo da noite, foi R$ 5 milhões à OAS para aliviar a empresa na CPI. Foi dito, segundo Léo, que o dinheiro serviria para a campanha de Vital do Rego ao governo da Paraíba, nas eleições daquele ano (Vital acabou com 5,2% dos votos, não se elegeu). Léo contou que parte do dinheiro foi dado e que outra parcela seria entregue após o pleito. A segunda parte acabou nunca sendo paga.