O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, recebeu uma enxurrada de telefonemas na quinta-feira (21), após figurar, com Jair Bolsonaro (PL), na lista de 37 indiciados por um plano de golpe de Estado pela Polícia Federal.
Nas ligações, o mandachuva do PL procurou mostrar tranquilidade e apresentou um argumento para isso. Valdemar afirmou segundo a colunista Bela Megale, do O Globo, que, diferentemente de outros indiciados, não teria agido de forma clandestina, e sim procurado diretamente a Justiça Eleitoral para questionar o resultado das urnas. Por isso, diz estar certo de que não amargará uma condenação no Supremo Tribunal Federal (STF).
O que colocou Valdemar no inquérito se deve justamente ao fato de que ele foi um dos principais fiadores do questionamento do resultado das eleições, depois que seu partido pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a verificação do segundo turno do pleito de 2022, solicitando a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas.
Como informou a equipe da colunista Malu Gaspar, o indiciamento do presidente do PL por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa frustrou o entorno de Bolsonaro, pois eles avaliavam que havia chance de Valdemar não estar na lista.