No início da noite de segunda-feira (9), o presidente Lula da Silva (PT) chegou ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, acreditando conforme a colunista Bela Megale, que se submeteria a mais um exame e depois voltaria para o Palácio da Alvorada. Ele cumprimentou todos sorridente, apesar da dor de cabeça que sentia ao longo do dia. O presidente e a esposa, Janja da Silva, chegaram ao local sem qualquer preparo para uma viagem de emergência, como a que se sucedeu para São Paulo.
Ao receber dos médicos o diagnóstico de que teria que se submeter a um procedimento de urgência para drenar um hematoma na cabeça, Lula deixou evidente sua surpresa e chateação, segundo presentes naquele momento. O presidente, porém, entendeu que a operação era necessária e que deveria ser feita logo.
Segundo auxiliares de Lula, o diagnóstico foi uma espécie de banho de água fria, porque o petista vinha mostrando melhoras em todos os exames que fez desde a queda que teve no banheiro de casa, em outubro.
Janja então foi para o Palácio arrumar as malas, enquanto o marido a aguardou no hospital no período em que o avião presidencial era providenciado para levá-los para o Sírio-Libanês na capital paulista, onde o presidente passou pela cirurgia.
O procedimento de Lula acontece na reta final do ano legislativo, no momento em que o governo dedica esforços para aprovar o pacote fiscal de corte de gastos do Ministério da Fazenda.