O governo Lula está vendo o fim de ano se aproximar com diversas pautas emperradas no Legislativo, mas com cerca de R$ 15 bilhões em caixa conforme ao colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, para agradar deputados e senadores. Na Câmara dos Deputados, há a taxação de offshores. No Senado, a reforma tributária.
No fim do ano, haverá ainda uma batalha nas duas Casas pela aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e depois, da Lei Orçamentária anual (LOA), o que também não deve ser simples.
Até o momento, porém, a área de articulação política — comandada por Alexandre Padilha, na Secretaria das Relações Institucionais do Palácio do Planalto — guardou uma boa poupança em verbas de negociação política para o fim do ano, quando costumam ocorrer liberações em massa.
Em emendas de comissão, há ainda R$ 4,8 bilhões no Orçamento. Nas verbas dos ministérios dedicadas a negociações políticas por acordo com o Congresso, falta liberar R$ 5 bilhões. Em emendas individuais, o governo ainda tem R$ 3,9 bilhões que não empenhou (reservou para pagamento). Em emendas de bancada, R$ 2 bilhões. São, ao todo, R$ 15,7 bilhões.
Em paralelo, há ainda a reivindicação de deputados por cargos na Funasa e na Caixa Econômica Federal, outro nó a desatar, e a pressão do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para influenciar nas indicações do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República.