Tarcísio de Freitas se reuniu com investidores e agentes do mercado financeiro na quinta-feira (6) para dialogar sobre as ações do governo de São Paulo e arrancou risadas segundo Ramire Brites, da Veja, do Ronaldo Fenômeno ao contar sobre o convite de Jair Bolsonaro para as eleições de 2022. O encontro foi promovido pela Galapagos Capital, na sede da empresa, nos arredores da avenida Faria Lima.
Sentado na primeira fileira, o ex-jogador acompanhou compenetrado as explicações do governador sobre planos de ajuste fiscal, privatizações, projetos de infraestrutura e combate à criminalidade.
De forma bem humorada, o governador contou sobre a entrada na vida política e fez sucesso com a plateia de investidores. Ele disse que virou ministro da Infraestrutura depois de o general Oswaldo Ferreira desistir de compor o governo Bolsonaro, durante o período de transição da gestão de Michel Temer.
As risadas do Fenômeno começaram quando Tarcísio disse que sua verdadeira ambição era ser reitor do Instituto Militar de Engenharia e continuaram pelo afiado “storytelling” do governador.
Ele disse que virou ministro “de repente”, e no ministério, exerceu o cargo de forma técnica, sem pretender alçar voos políticos.
“Um belo dia, o Bolsonaro chegou para mim e falou assim: ‘você vai ser o meu candidato ao Governo de São Paulo’. Eu achei a ideia tão absurda, que eu falei para ele: ‘beleza’”, contou Tarcísio.
O ex-presidente teve que insistir no convite até que Tarcísio resolveu falar sério sobre o assunto. Ainda relutante, o então ministro se dirigiu a seu chefe, alertando sobre os riscos da candidatura.
“Não disputei eleição nem de síndico, você quer que eu dispute a primeira eleição governador de São Paulo? Tá louco… E outra coisa: o senhor vai para uma eleição dura, precisa de alguém que te ajude”, seguiu.
“E o Bolsonaro disse: ‘você vai me ajudar’. Ele sabe meus pontos fracos, né? Sabe a gratidão que tenho por ele”.
Apesar de cair na gargalhada, o ex-jogador provavelmente já conhecia a história. Tarcísio e Ronaldo são amigos de longa data, já que o pai do atual governador de São Paulo foi presidente do São Cristóvão, na época em que o clube carioca revelava o jogador que se tornaria o Fenômeno. Os dois já estiveram, inclusive, juntos no Palácio dos Bandeirantes.
Junto com a Galapagos Capital, Ronaldo lançou em abril deste ano uma empresa de gestão patrimonial de jogadores, a Galáticos Capital. O negócio almeja, em cinco anos, alcançar a cifra de 25 bilhões de reais sob gestão de atletas do futebol e de outros esportes.