Se deputados e senadores estiverem satisfeitos com o dólar a R$ 6 e juros futuros projetando 15%, não é preciso fazer nada. Basta tirar férias em dezembro e deixar o Brasil se ferrar. Mas se quiserem ajudar o País a limpar a lambança feita pelo Governo na semana passada, o melhor caminho é abraçar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que traz cortes de gastos efetivos e ataca alguns dos maiores desequilíbrios estruturais das finanças públicas.
“A proposta do governo foi insuficiente e tem um erro de diagnóstico,” o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) disse ao Brazil Journal. Ele é um dos co-autores da PEC, junto com seus colegas Kim Kataguiri (União-SP) e Júlio Lopes (PP-RJ).
O texto acaba com a vinculação ao salário mínimo de benefícios previdenciários e assistenciais, extingue as indexações à receita tributária dos gastos em saúde e educação, limita as emendas parlamentares e restringe os valores dos ‘supersalários,’ entre outras medidas. A economia é estimada em R$ 1,1 trilhão até 2030.