Advogados que estão na linha de frente da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas ações consideradas “mais perigosas” na esfera criminal estabeleceram segundo a colunista Bela Megale, do O Globo, uma meta principal: passar o ano de 2023 sem que o cliente seja condenado ou preso.
A avaliação desses profissionais é que, se Jair Bolsonaro conseguir passar este ano “ileso”, pode voltar a ser uma peça no xadrez político, mesmo que nos bastidores, e conseguir ter as suspeitas que pesam sobre ele atenuadas. A leitura dos advogados é que a chance de isso acontecer é pequena, mas existe.
Os advogados apontam que precisam ser municiados por Bolsonaro e seus auxiliares com material para esvaziar as teses da acusação, o que ainda não aconteceu. Até o momento, a defesa do ex-presidente não teve dados para rebater casos como o dos atos golpistas ou o que investiga Jair Bolsonaro por vincular vacinas contra Covid a maior risco de contrair o vírus da Aids.
Outra grande preocupação dos advogados segundo Bela Megale, é a animosidade de ministros Supremo Tribunal Federal (STF) com Bolsonaro, em decorrência dos recorrentes ataques ao tribunal, às instituições e à democracia. O ambiente para julgamento do ex-presidente é descrito como “o pior possível”, inclusive por seus defensores.
Em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal”, Bolsonaro disse que volta ao Brasil em março e admitiu risco de prisão.