Em análise enviada a investidores, o Goldman Sachs comentou a proposta de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, para ajustar as contas públicas, reduzindo a desproporção entre a arrecadação e a despesa do governo federal.
Na avaliação do banco americano, de acordo com a Veja, Haddad poderia ter dado mais atenção ao corte de certas despesas, como isenções e subsídios fiscais caros e mal direcionados, ao invés de focar com tanta ênfase apenas no lado da arrecadação.
O Goldman Sachs classificou o lado da proposta de Haddad que toca em corte de gastos como desanimador, representando menos de 0,5% do PIB. Entretanto, a instituição reconheceu que o ministro parece comprometido em limitar a escalada do déficit público, o que é positivo. Tal meta deveria ser perseguida com mais ousadia, segundo o banco, uma vez que seria necessário um superávit primário de 2% para estabilizar a trajetória da dívida pública em sua avaliação, fato que o governo teria dificuldade de admitir.