Deputado federal considera prisões importantes, mas diz que caso não está resolvido
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), amigo, companheiro de partido e ex-chefe de Marielle Franco, disse que, apesar das prisões realizadas nesta terça-feira (12), o assassinato da vereadora não está esclarecido.
Hoje, integrantes da Delegacia de Homicídios e do Ministério Público do Rio deflagraram uma operação para prender ao menos dois suspeitos de estarem no carro utilizado no crime: Ronnie Lessa, 48, que teria atirado na parlamentar, e o policial militar reformado Élcio Vieira de Queiroz, 36, que estaria dirigindo o veículo.
“São prisões importantes, são tardias. Dia 14 faz um ano do assassinato da Marielle, é inaceitável que a gente demore um ano para ter alguma resposta. Então, evidente que isso vai ser visto com calma, mas a gente acha um passo decisivo. Mas o caso não está resolvido. Ele tem um primeiro passo de saber quem executou. Mas a gente não aceita a versão de ódio ou de motivação passional dessas pessoas que sequer sabiam quem era Marielle direito”, disse, em entrevista ao G1 e ao Bom Dia Rio.
Além de Marielle, o motorista Anderson Gomes também foi morto durante a emboscada, no Centro da capital fluminense.
A investigação aponta que Ronnie fez pesquisas na internet sobre locais que a vereadora frequentava. “Essa pessoa não investigou só Marielle, essa pessoa investigou também a minha vida. A mando de quem? A partir de quando? Com que interesse político ele faz isso? Essa pessoa faz parte de um grupo que todo mundo da área de segurança pública sabe, que é do chamado Escritório do Crime. Porque tem gente que mata a serviço de outros no Rio de Janeiro há anos”, questionou o deputado.
“É muito grave o que fizeram com a segurança pública do Rio de Janeiro para chegar a esse ponto. Agora, o mais importante é saber quem mandou matar. Quem matou não foi só quem apertou o gatilho. Quem matou é quem mandou matar. Qual é a motivação política? Que interesse existia para matar Marielle? É isso que a gente tem de exigir agora”, acrescentou Freixo.