Muito se fala em fazer uma nova política no Brasil.
Podemos afirmar que o Nordeste vem sendo vanguarda e exemplo de como implantar ações práticas que fortaleçem os Estados e gerem uma melhor qualidade de vida para os cidadãos.
Durante um longo período do nosso país, a região Nordeste foi praticamente esquecida pelo governo federal e dominada por coronéis como Magalhães e Sarneys.
Só que o Nordeste é imensamente rico, em todos os aspectos, para submeter-se ao chicote da tirania e à negligência de presidentes avessos à nossa região.
A mudança irreversível começou na virada do Século XXI, quando os partidos de esquerda começaram a fortalecer a base que faria parte de uma revolução política eleitoral, culminando na eleição do presidente nordestino Luís Inácio Lula Livre da Silva.
O Governo Federal recolocou o Nordeste no mapa do Brasil e apoiou incondicionalmente o protagonismo nordestino.
Muitas vezes, por ignorância, os sulistas acreditam que o Nordeste vive de festas e Bolsa Família.
Ledo engano. Somos muito mais do que o Bolsa Família (programa essencial e transformador).
Talvez nenhuma região do país teve a capacidade de combinar tão bem políticas públicas e sociais com obras de infraestrutura quanto o Nordeste.
Sabíamos que depois do Golpe I, contra a presidenta de Dilma, e o Golpe II, com a prisão do Lula, o que infelizmente desembocou na vitória do presidente despreparado e xenófobo, o Nordeste, que foi a maior resistência com o ELE NÃO, sofreria uma grande perseguição contra o seu povo, a sua revolução econômica, cultural e política.
Neste contexto político da nossa recente História, os governadores do Nordeste não permaneceram de braços cruzados.
Primeiro utilizaram da diplomacia para dialogar com o Governo Federal.
Foram recebidos sem a mínima reciprocidade por membros do desgoverno. Fato que ligou mais uma luz de alerta para o Nordeste.
Nos momentos de dificuldades é que notamos a capacidade de um líder se reinventar.
Diante da conjuntura adversa, os governadores nordestinos criaram o Consórcio Nordeste.
Fatal!
Uma virada espetacular dos governadores nordestinos para contornar a perseguição do Bozo e sua laia.
Podemos dizer que esta importante união dos estados nordestinos foi o início da segunda fase que irá revolucionar o modelo de gestão da nossa região.
O companheiro Rui, com a sua conhecida habilidade política, lidera o bloco dos governadores que estão dispostos a, de fato, a escrever uma nova política para o Brasil.
Em entrevista concedida à revista Carta Capital, Rui deu um exemplo perfeito da efetividade e ganhos que a parceria promove:
“Poderemos até fazer licitações com fornecedores internacionais. Acreditamos que o consórcio vai permitir aos Estados superar este momento de dificuldades do país. Faremos mais com menos, além de compartilhar ações efetivas”.
O Consórcio Nordeste atende a uma importante exigência da sociedade: a transparência dos processos licitatórios e afins.
Rui esclareceu este ponto que comprova o compromisso dos gestores na lisura com a coisa pública.
“Todos os processos de licitação serão eletrônicos, que permitirão a participação de fornecedores de qualquer parte do Brasil ou do exterior. A fiscalização ficará a cargo dos Tribunais de Contas. Serão nove órgãos de controle envolvidos na análise dos contratos, o que aumenta a transparência. Iniciamos conversas com a Advocacia-Geral da União e com a Controladoria-Geral da União. Eles estão entusiasmados, querem participar, contribuir. Quanto mais gente envolvida, melhor será”.
Neste intercâmbio entre os Estados do Nordeste, ficou provada a nossa força e de como juntos podemos transformar a política local e nacional através de ações inovadoras de grande impacto para a economia e o bem coletivo.
Parabenizo a todos os governadores do Nordeste e desejo vida longa a este Consórcio que é revolucionário e dá ao nosso povo o respeito e a dignidade que ele merece.
Desejo todo sucesso do mundo ao companheiro Rui Costa que, sem dúvidas, é o líder ideal para fazer do Nordeste uma referência para o Brasil.
*Josias Gomes. Deputado federal licenciado e secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia.