Pelas contas da Procuradoria-Geral da República, a devassa de Augusto Aras sobre irregularidades envolvendo magistrados de tribunais estaduais e de Cortes de Contas já atingiu 50 alvos.
Segundo a revista Veja, estão na lista desembargadores, conselheiros de TCEs e até integrantes do próprio Ministério Público Federal. Todos investigados por suspeitas de corrupção envolvendo decisões judiciais em 26 estados.
Na Bahia, frente importante da operação, dois ex-presidentes do Tribunal de Justiça baiano, Gesivaldo Nascimento Britto e Maria do Socorro Barreto Santiago, e os desembargadores José Olegário Monção Caldas, Maria da Graça Osório Pimentel Leal são acusados na Operação Faroeste, que mira esquema de venda de sentenças em processos relacionados à grilagem de terras no oeste da Bahia.
A Corte Especial do STJ já julga a primeira leva de desembargadores denunciados pelo MPF. O relator do caso, ministro Og Fernandes, está em vias de terminar sua análise – e pedirá para o caso ser incluído na pauta de julgamentos o quanto antes. A acusação aponta lavagem de 517 milhões de reais.
No Rio, no início de abril, policiais foram às ruas para cumprir mandados da segunda fase da investigação que tem como alvo o desembargador Siro Darlan. A Operação Plantão, da Polícia Federal, investiga a venda de sentenças do desembargador no Tribunal de Justiça do Rio. Agentes chegaram a cumprir mandados expedidos pelo STJ na casa do magistrado, no gabinete dele no TJ e em outros endereços relacionados ao Siro.
Há outros casos em curso com menos visibilidade. A Lava-Toga deve ser a grande estrela do primeiro balanço de ações da gestão de Aras na PGR.