Em reunião com senadores do grupo Muda, Senado, procuradores da Lava Jato se defenderam das acusações feitas por Augusto Aras nas últimas semanas. Segundo um dos participantes, Deltan Dallagnol explicou que a Lava Jato não investigou 38 mil pessoas, como disse Aras.
O procurador explicou que são pessoas associadas direta ou indiretamente a determinado investigado. Isso ocorre quando os sistemas de inteligência cruzam relações societárias e comerciais, mas a investigação só avança sobre alvos que tiverem relevância para o caso específico apurado.
O procurador também refutou a tese de que haja 350 terabytes de arquivos da força-tarefa, alegando que boa parte dos documentos são relatórios do Coaf, que abastecem as investigações. Além de arquivos copiados de computadores de empresas que foram investigadas, inclusive enormes relatórios contábeis que muitas vezes não têm qualquer utilidade para determinado inquérito.
Sobre a falta de transparência alegada por Aras, os procuradores disseram aos parlamentares que a Corregedoria faz, a cada ano, uma vistoria completa nas forças-tarefa, e Curitiba sempre recebeu “atestado de boa conduta”.
A recusa a enviar todos os dados da Lava Jato para a PGR, segundo os procuradores, se dá porque há informações sigilosas, como quebra de sigilo bancário, que estão no maior nível de confidencialidade. O compartilhamento pode acontecer, a partir de decisão judicial e com autorização da defesa dos investigados.