Os estrategistas de Jair Bolsonaro (PL) trabalham com duas viagens internacionais segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, para turbinar a campanha do presidente na segunda quinzena de setembro.
Uma para Londres, a fim de acompanhar o funeral da rainha Elizabeth II — para o qual, a propósito, Bolsonaro ainda não foi sequer convidado, mas pretende ir e se exibir ao lado de dezenas de chefes de estado.
E a segunda a Nova York, onde discursará na abertura da Assembleia Geral da ONU, em 20 de setembro. Terá 15 minutos para uma fala obviamente voltada muito mais ao público interno — assim como Dilma Rousseff, candidata à reeleição, fez em 2014.
O discurso está sendo preparado desde o fim de agosto. No cardápio, Amazônia, feminicídio, segurança pública, drogas, fome e a força do agronegócio brasileiro. Tudo meticulosamente preparado para ser espalhado nas redes sociais bolsonaristas e nos programas de rádio e TV.
Quem te viu e quem te vê. Na campanha de 2018, Bolsonaro chegou a dizer: “Se eu for presidente eu saio da ONU, não serve pra nada esta instituição. É uma reunião de comunistas, de gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul, pelo menos”. Agora, disputando a reeleição, esqueceu-se da promessa. A propósito, também em 2018, ele se dizia contrário à reeleição. Pois é.