Lideranças governistas na Câmara dos Deputados admitem segundo o colunista Igor Gadelha, que, em 2024, a bancada bolsonarista manterá o comando da comissão de Fiscalização Financeira e Controle, um de seus principais “bunkers” na Casa.
Os governistas, entretanto, dizem já ter uma estratégia para tentar minimizar danos no colegiado, especialmente com o amontoado de pedidos de convocações de ministros do governo protocolados pela oposição.
A ordem dos aliados de Lula é manter a “política de boa vizinhança” com o futuro presidente da comissão (ainda não definitivo), de forma semelhante ao que foi feito com Bia Kicis (PL-DF), que comandou o colegiado em 2023.
Na visão de petistas, a postura funcionou. Em 2023, a única convocação aprovada pela comissão foi a da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, após ela faltar a uma sessão do colegiado para a qual tinha sido convidada.
Todos os outros pedidos de convocação acabaram transformadas em convites após negociação com a presidência da comissão, evitando constrangimento ainda maior aos ministros de Lula.
A comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara é uma das principais armas da oposição para pressionar o governo. Por ter uma abrangência ampla, o colegiado acaba sendo usado para convocar ministros.