De acordo com AFP, a queda do mercado financeiro, queda dos preços do petróleo, freio do crescimento: o panorama da crise econômica causada pelo “pânico” da pandemia de COVID-19 em todo o mundo:
– Menos 30% –
Em Wall Street, o índice Dow Jones encadeou sessões negativas, caindo cerca de 23% desde o início do ano. A crise se acelerou ainda mais após a decisão, na quarta-feira, de Donald Trump de suspender a entrada de europeus nos Estados Unidos.
Tendência ainda mais forte na Europa, onde as bolsas de Paris, Frankfurt, Londres, Milão e Madri caíram cerca de 30% desde o início do ano: um verdadeiro krach.
– 0,5 ponto –
Para tentar conter a crise, o Fed anunciou em 4 de março um corte surpresa de 0,5 ponto em suas taxas de juros. O Banco da Inglaterra (BoE) seguiu o exemplo em 11 de março ao anunciar uma redução da mesma magnitude, a maior desde a crise financeira de 2008.
Nesta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) não acompanhou o passo, preferindo medidas de apoio às pequenas e médias empresas e recompra de dívidas.
– 100 bilhões de dólares –
Conexões suspensas, viajantes aterrorizados e cancelamentos de eventos: a pandemia pode custar ao transporte aéreo mais de US$ 100 bilhões, mergulhando o setor em uma situação “quase sem precedentes”, alertou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
– Zero –
O crescimento esperado na Itália em 2020 será zero “no melhor cenário”, segundo Laurence Boone, economista-chefe da OCDE. A Itália é o país europeu mais afetado pela epidemia, com mais de 12.000 casos positivos e 827 mortes, segundo o último relatório publicado na quarta-feira.
– 33 dólares –
O preço do barril de “light sweet crude” (WTI), a referência americana para petróleo, caiu para 32,98 dólares na quarta-feira, em comparação aos mais de 61 dólares no início do ano.
Além do impacto econômico do novo coronavírus, a queda nos preços foi ampliada pela pressão da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, dois importantes atores da OPEP.
– 1 bilhão de euros –
A fabricante de equipamentos esportivos Adidas espera uma queda entre 800 milhões e 1 bilhão de euros em seu faturamento na China no primeiro trimestre, sob o efeito do coronavírus.
A paralisação da atividade e do consumo na China afetou quase todos os setores: as vendas de automóveis no país, o maior mercado mundial, caíram 78,4% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado