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Após conversa com Maia e Eunício, Temer cancela viagens internacionais

terça-feira 31 de julho de 2018 às 17:42h

presidente Michel Temer (MDB) cancelou as viagens oficiais que faria para a Colômbia e para o Paraguai em agosto. A decisão se deu após conversas com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), para evitar que eles sejam obrigados a deixar o país novamente.

Sempre que Temer viaja, Maia e Eunício são sucessores na linha presidencial já que o país não tem atualmente um vice-presidente. Contudo, pelo calendário eleitoral, desde abril eles estão impedidos de ocupar interinamente o Palácio do Planalto para não se tornarem inelegíveis para novos mandatos como deputado e senador. Nesses casos, quem tem assumido o cargo é a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.

Os dirigentes das casas legislativas já foram forçados a fazer quatro viagens para o exterior deste abril deste ano, mesmo número de vezes que Cármen assumiu o Planalto.

Temer havia programado viajar para a Colômbia em 7 de abril para participar da posse do sucessor de Manuel Santos na presidência do país latinoamericano, o uribista Iván Duque, eleito em abril.

Outro cancelamento foi uma visita a Assunção, onde o presidente acompanharia a posse de Mário Abdo Benítez, que assumirá a presidência do Paraguai no próximo dia 15.

A viagem do emedebista coincidiria ainda com uma semana em que o Congresso planeja concentrar esforços para aprovar medidas pendentes da agenda legislativa. É comum em anos eleitorais que parlamentares interrompam por uma ou duas semanas as campanhas em seus estados para se dedicarem à aprovação de projetos na Câmara e no Senado.

Apesar da presença de Eunício e de Maia, a tendência é que o esforço concentrado não inclua propostas consideradas polêmicas, como o projeto de lei que viabiliza a privatização de distribuidoras da Eletrobras, em discussão no Senado.

Os presidentes das duas Casas ainda estudam quais matérias serão colocadas em votação, mas há receio de falta de quórum. A avaliação dos dirigentes é de que a adesão dos parlamentares pode ser baixa na semana seguinte às convenções partidárias, com intensas articulações em torno dos registros de candidaturas e de formação de chapas eleitorais.

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