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sexta-feira 6 de março de 2020 às 15:03h

54 mulheres comandam Prefeituras na Bahia; confira lista

DESTAQUE, POLÍTICA


Com 12,95% de prefeitas, participação da mulher na política é desafio na Bahia

8 de Março: Passados 109 anos do incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, onde 130 operárias foram deixadas para morrer carbonizadas por exigirem seus direitos, a luta das mulheres por igualdade ainda é um anseio a ser atingido. E se o protagonismo feminino evolui na sociedade ao longo do século 20, com uma maior inserção feminina no ambiente do trabalho, da ciência e da política, a igualdade de participação nos espaços de poder ainda está aquém deste esforço.

Segundo a UPB, a Bahia é um exemplo da necessidade deste debate, uma vez que dos 417 municípios baianos apenas 54 são administrados por mulheres.

MUNICÍPIOS BAIANOS COMANDADOS POR MULHERES

 Municípios                     Prefeitas                   

América Dourada ROSA MARIA DOURADO LOPES
Anagé ELEN ZITE PEREIRA DOS SANTOS
Araças MARIA DAS GRAÇAS TRINDADE LEAL
Arataca KATIANA PINTO DE OLIVEIRA
Aurelino Leal ELIZANGELA RAMOS ANDRADE GARCIA
Baianópolis JANDIRA SOARES SILVA XAVIER
Banzaê JAILMA DANTAS GAMA ALVES
Barro Preto ANA PAULA SILVA SIMÕES SANTOS
Caatiba MARIA TANIA RIBEIRO SOUSA
Cafarnaum SUELI FERNANDES DE SOUZA NOVAIS
Campo Formoso ROSANGELA MARIA MONTEIRO DE MENEZES
Canápolis MYRIAM GONÇALVES TEIXEIRA DE OLIVEIRA
Cândido Sales ELAINE PONTES DE OLIVEIRA
Capim Grosso LYDIA FONTOURA PINHEIRO
Cardeal da Silva MARIANE MERCURI DE SANTANA ALMEIDA OLIVEIRA
Conceição do Jacuípe NORMÉLIA MARIA ROCHA CORREIA
Cotegipe MÁRCIA DA SILVA SÁ TELES
Cravolândia IVETE SOARES TEIXEIRA ARAÚJO
Dias D’Ávila JUSSARA MARCIA DO NASCIMENTO
Floresta Azul GICELIA DE SANTANA OLIVEIRA SANTOS
Guaratinga CHRISTINE PINTO ROSA
Ibirataia ANA CLEIA DOS SANTOS LEAL
Ipecaetá SUEDER SANTANA SILVA SANTOS
Ipiaú MARIA DAS GRAÇAS CESAR MENDONÇA
Itagimirim DEVANIR DOS S. BRILLANTINO
Itamarí PALLOMMA EMMANUELA UZEDA TAVARES ANTAS
Itanagra DANIA MARIA DA SILVA
Itanhém ZULMA PINHEIRO DOS SANTOS VAZ
Itaparica MARLYLDA BARBUDA DOS SANTOS
Itiruçú LORENNA MOURA DI GREGORIO
Itiúba CECILIA PETRINA DE CARVALHO
Ituberá IRAMAR BRAGA DE SOUZA COSTA
Jucuruçu UBERLANDIA CARMOS PEREIRA
Lajedo do Tabocal MARIANE ISABEL MOREIRA FAGUNDES
Lauro de Freitas MOEMA ISABEL PASSOS GRAMACHO
Macajuba MARY MARQUES DIAS SAMPAIO
Malhada de Pedras TEREZINHA BALEEIRO ALVES SANTOS
Maragojipe VERA LUCIA MARIA DOS SANTOS
Maraú MARIA DAS GRAÇAS DE DEUS VIANA
Medeiros Neto JADINA PAIVA SILVA
Mortugaba RITA DE CÁSSIA CERQUEIRA DOS SANTOS
Nazaré EUNICE SOARES BARRETO PEIXOTO
Nova Redenção GUILMA RITA DE CASSIA  GOTTSCHALL DA SILVA SOARES
Pau Brasil BARBARA SUZETE DE SOUSA PRADO
Porto Seguro CLAUDIA SILVA SANTOS OLIVEIRA
Prado MAYRA PIRES BRITO
Santaluz QUITERIA CARNEIRO ARAUJO
Saubara MARCIA MENDES OLIVEIRA DE ARAUJO
Sento Sé ANA LUIZA RODRIGUES DA SILVA PASSOS
Sítio do Mato SOFIA MARCIA NUNES GONÇALVES
Terra Nova MARINEIDE PEREIRA SOARES
Ubaitaba SUELI CARNEIRO DA SILVA CARVALHO
Ubatã SIMEIA QUEIROZ DE SOUZA
Wanderley FERNANDA SILVA SÁ TELES

A baixa representatividade local é reflexo também dos índices nacionais. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a edição mais atualizada do ranking que avalia a presença de mulheres nas Casas Legislativas de mais de 190 países mostra o Brasil na posição 133, no quesito de participação.

Algumas ações vêm sendo implementadas no intuito de melhorar esse número. A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) estabelece que, nas eleições proporcionais cada partido ou coligação deve apresentar o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidaturas de cada sexo. Do mesmo modo, em maio de 2018, o TSE decidiu que 30% dos R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral, principal fonte de financiamento da última disputa, deveriam ser usado em candidaturas femininas.

O estudo da FGV mostra ainda que há outro aspectos a se considerar na participação delas na política, além do financeiro. Quanto o assunto é capital político, a pesquisa aponta que no parlamento brasileiro o capital familiar é o mais presente (49%), seguido do próprio campo de atuação (44%), dos movimentos sociais (26%), midiático (17%), religioso (12%) e sindical (10%). Essa tendência é seguida também nas prefeituras.

A história mostra passos lentos

Um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra a média de representatividade de prefeitas por Estado de 1972 a 2016. Na Bahia foi registrada neste período uma média de apenas 6,46% de representatividade feminina no comando do executivo municipal. No estado, Urandi foi o primeiro município a ter uma mulher prefeita, Nair Guimarães Lacerda, indicada ao cargo em 1936. Entretanto, somente em 1958 o estado registrou a primeira prefeita eleita pelo voto popular, Dejanira Resende de Souza no município de Belmonte.

A UPB por meio de suas ações busca fortalecer as gestões, inclusive as femininas, por meio do assessoramento especializado. A instituição acredita que a participação das mulheres na política é de fundamental importância para o avanço das políticas de gênero no Brasil, e, sobretudo, para a transformação social em todas as esferas.

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