O deputado federal Jorge Solla (PT) afirmou ser uma manipulação gráfica o vídeo publicado pelo senador Flávio Bolsonaro em sua conta no Twitter, nesta última terça-feira (18), de uma necropsia no suposto corpo do miliciano Adriano da Nóbrega. Na publicação, o filho do presidente da República alega que o miliciano teria sido torturado pela Polícia Militar da Bahia.
“Mais uma fake News, uma vez que o laudo pericial do corpo atesta que o disparo contra Adriano, um tiro de fuzil, atravessou o seu corpo na região do torax, com perfuração na parte frontal e traseira. O corpo do vídeo não possui esta lesão. A alegada tortura por conta na fratura de costelas não se sustenta: a perícia monstra que as costelas fraturadas foram pelo tiro de fuzil. Por fim, a lesão na cabeça, sem hematomas, sugere que o ferimento ocorreu após a sua morte”, disse.
O petista afirmou, em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, possuir fotos de Leandro Abreu Guimarães, pecuarista que ajudou Adriano a se esconder, com o presidente Jair Bolsonaro. “Bolsonaro já lança suspeita sobre a perícia dos celulares de Adriano. O que ele tem medo, afinal? (…) Seu filho nomeou a mãe e a esposa do chefe da maior milícia do Rio de Janeiro em seu gabinete. Por que os Bolsonaro financiavam ilegalmente a milícia? Ganhavam o que em troca?”, indagou Solla.