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Lídice da Mata rejeita posto de presidenciável do PSB

sábado 28 de julho de 2018 às 06:22h

A hipótese de uma candidatura própria do PSB, que vinha sendo defendida internamente no partido por figuras como o governador de São Paulo, Márcio França, era tida por uma ala da legenda como forma de vencer as divergências sobre quem apoiar na corrida presidencial.

Atualmente, o PSB se divide entre liberar os diretórios para alianças regionais, apoiar o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, ou seguir ao lado do PT, que mantém a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato.

Convidada por França para ocupar o posto de presidenciável do partido, Lídice informou ao governador que não aceita a proposta. Para ela, o PSB “não tem uma liderança que possa intervir de fato no processo eleitoral” e, portanto, “deve sentar com outros partidos (para conversar), num caminho de centro-esquerda”.

Além de Lídice, também são considerados possíveis pré-candidatos do partido ao Palácio do Planalto nomes como o do ex-deputado Beto Albuquerque (RS), do deputado Júlio Delgado (MG) e da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos. Todos, além de Lídice, são considerados capazes de “unificar o partido”.

Assim como o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a senadora baiana se posicionou contra uma possível declaração de neutralidade do partido na eleição presidencial. Essa tese, que ganhou força após as divergências internas da sigla virem a público, chegou a ser citada em entrevistas ao jornal O Estado de S. Paulo e à Rádio Eldorado pelo deputado Júlio Delgado, vice-líder do partido na Câmara, e pelo prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda.

“O partido deveria tentar apoiar uma candidatura sim, com o perfil que o congresso do partido indicou: uma candidatura de centro-esquerda, contra as privatizações em curso no governo Temer”, afirmou Lídice na noite desta quinta-feira confirmando que rejeitou ser presidenciável após consultar correligionários dela na Bahia. “É uma honra o convite, mas concluímos que não é o melhor momento, que não nos preparamos para isso”, disse.

A senadora baiana evitou criticar o ex-ministro pedetista Ciro Gomes pelo fato de ele ter conversado com o Centrão – bloco composto por DEM, PR, PRB, PP e Solidariedade. “Talvez ele tenha exagerado nos acenos feitos, mas isso passa. Ciro continua a ser um nome a ser respeitado pela centro-esquerda no Brasil”, defendeu a parlamentar.

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