Somente o Porto em Ilhéus terá investimento de R$ 2.5 bilhões e a estrutura contará com um terminal
Conforme o Governo da Bahia, o estado terá um futuro de mais oportunidades com a mineração. Os projetos interligados do Porto Sul, em Ilhéus, e a finalização da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), no trecho de Ilhéus até Caetité, seguirão avançando em 2020. Com projeção, segundo a gestão estadual, para plena operação a partir de 2024, o corredor logístico irá escoar e distribuir minérios e grãos produzidos no estado, podendo gerar aumento de 1,93% no PIB da Bahia, informa o site do Governo do Estado.
A realização dos projetos “irá trazer um incremento para a economia local, além de atrair novos investimentos e empresas do setor de infraestrutura e logística para a região, trará mais oportunidades de emprego e renda”, afirmou no final do ano passado o coordenador de infraestrutura da Casa Civil, José Carlos Valle. “Os projetos também irão contribuir para outras cadeias produtivas, intensificando o desenvolvimento do comércio e do turismo, por exemplo”, completou Valle na época.
A construção do Porto está em fase preparatória, com a realização de capacitações de mão de obra local, além da implantação dos programas ambientais. O Governo estadual iniciou em meados do ano passado o processo de desapropriações para a implantação do equipamento.
Empregos
O Porto será construído através de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) firmada entre o Estado e a Bahia Mineração (Bamin) e irá gerar centenas, se não, milhares de empregos diretos. Com investimento de R$ 2.5 bilhões, a estrutura contará com um terminal, com capacidade de armazenamento e transporte de até 41,5 milhões de toneladas de minério de ferro/ano.
O Porto Sul tem relação direta de dependência com a Fiol. A Ferrovia irá transportar a produção de minérios e de grãos até o Porto Sul para que as cargas sejam distribuídas. Como agente fomentador da Fiol, o governo estadual realizou o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), que acaba de ser aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A validação permite o avanço no processo necessário para que a União realize a licitação da Ferrovia, que está prevista para o primeiro semestre de 2020.
O trecho a ser licitado possui 537 km de extensão e já está com mais de 70% concluído. Após a retomada das obras, o prazo para a conclusão é de dois anos.