Analistas e políticos experientes não deixaram de observar com atenção os movimentos de Sérgio Moro nesta semana em que as mudanças na Esplanada e a agenda das reformas lotearam o noticiário.
Em uma inflexão de sua trajetória, até então contida nas redes sociais, ele bateu de frente com o PSOL conforme publicou a coluna Estadão nesta sexta-feira (14).
A publicação diz que Moro não costuma agir sem pensar nem despreza o cálculo estratégico, a leitura é clara: o ministro foi rápido e não hesitou em repelir a (frágil) insinuação de ligação com milícias e ainda aproveitou a chance de polarizar com a esquerda.
Para seus aliados, Sérgio Moro também mostrou aos colegas de Esplanada quais as brigas contra a oposição devem ser levadas adiante e de que maneira: com fatos e fundamentadas em ações e gestos.
O fato é que, um dia depois de ter sido chamado de “capanga de miliciano” em comissão da Câmara por Glauber Braga (PSOL-RJ), Moro escreveu no Twitter “que não gosta desse jogo político”.
Para, em seguida: “No projeto de lei anticrime propusemos que milícias fossem qualificadas expressamente como organizações criminosas. Propusemos várias outras medidas contra crime organizado. O PSOL, de Freixo/Glauber, foi contra todas elas”.
Os “visionários” (e talvez exagerados) já enxergam a polarização que marcará um futuro não muito distante. Em vez de Bolsonaro versus Lula, será Moro contra Marcelo Freixo.