“Uma pessoa com HIV, além de um problema sério para ela, é uma despesa para todos no Brasil”, declarou o presidente Bolsonaro em saída do Palácio da Alvorada na última quarta (05). A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) se mostrou indignada com a afirmação.
“Foi uma fala cruel, que mostra o caráter perverso deste governo”, afirma Aladilce. “Além de endossar o estigma e o preconceito sofrido por essa população, sugere que as pessoas morram à míngua. O presidente deveria reconhecer o avanço científico e tecnológico que o Brasil teve nessa área de tratamento, que é um destaque mundial”, pontua.
A vereadora possui a saúde como uma das suas principais bandeiras de luta, e em 2019 realizou audiências para tratar sobre as infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, além de aulas públicas para debater o HTLV. “A nossa Constituição determina que a saúde é um direito de todos, e é dever do Estado. Ao invés desse discurso, ele deveria ter capacidade, coragem, e determinação, de gestar políticas públicas para a produção desses medicamentos com valores reduzidos. O Brasil tem condição de fazer isso”, comenta.
Aladilce ainda ressaltou o teor de intolerância do discurso do presidente, e pediu por mais empatia. “Não podemos aceitar jamais esse tipo de discurso. A humanidade precisa se pautar pela solidariedade e pela garantia da vida. O valor da vida não tem preço”, finaliza.