O último dia para a realizar convenções destinadas a deliberar sobre coligações é o dia 5 de agosto, mas a formação das chapas proporcionais do grupo político ligado a José Ronaldo ainda apresenta mais indefinições do que certezas. Os partidos menores já se articulam entre eles para acertar as alianças, mas representantes de diferentes legendas ainda não chegam a um consenso sobre quantos grupos serão formados e quem vai para cada lado.
O presidente estadual do PPS, Joceval Rodrigues, confia que os partidos menores, que não têm parlamentares com mandato, devem se dividir em diversos pequenos grupos para tentar eleger o maior número possível de deputados federais e estaduais. “Não vai ser uma chapinha com dez, com sete ou oito partidos”, disse conforme publicado no site Bahia Notícias.
“Cada um vai de acordo com o que achar melhor para atingir sua meta”, explicou Joceval que preferiu não citar com quais siglas o PPS busca se unir na chapa proporcional.
Já Ivanilson Gomes, presidente estadual do PV, que também não tem deputados federais em exercício, acredita que o ideal para os partidos menores na votação proporcional é a união. “Nós estamos trabalhando para unir todos, mas cada partido tem sua estratégia”, comentou. “Como tem na base de ACM Neto diversos partidos, nós estamos discutindo com todos eles, mas não chegamos ainda a um acordo”, declarou Ivanilson.
O presidente do PV na Bahia apontou ainda que há um movimento de siglas com parlamentares tentando se aproximar daqueles sem mandato visando a eleição proporcional. “Existem, digamos, duas categorias de partidos menores: aqueles que não têm parlamentar e aqueles menores que têm parlamentares. São menores, mas têm alguém de mandato”, explicou. Segundo ele, PTB e PPL, por exemplo, possuem deputados na Câmara e estão buscando uma coligação com aliados de José Ronaldo que não têm. Esse caminho, no entanto, é descartado por PV e PPS.
“Para o PV, é não ficar no chapão e procurar uma coligação com os partidos menores. Obviamente que se for com os partidos que não tem mandato, melhor ainda”, analisou Ivanilson. Joceval, que também é pré-candidato a deputado federal, é mais direto e relata que só abriu negociações com siglas que não têm parlamentares com mandato. “Não converso com partidos que tenham deputado de mandato”, assegurou.
Os partidos com pouca representação no parlamento enfrentam grande pressão nessa e nas próximas eleições para eleger deputados. Com a novidade da cláusula de barreira, eles precisam ter um bom desempenho nas urnas para não serem extintos. Portanto, as estratégias precisam ser mais pragmáticas.
O PTB tem o deputado federal Benito Gama como presidente estadual e nega que esteja buscando alianças com legendas sem parlamentares para a chapa proporcional. A legenda ainda confia na formação de um chapão, unindo todos os aliados de José Ronaldo, sejam eles pequenos, médios ou grandes. “O plano B não existe ainda”, afirmou ao Bahia Notícias. “Se não tiver chapão, aí repensaremos, mas sempre juntos com Zé Ronaldo”, disse o deputado.
O PHS, liderado na Bahia por Júnior Muniz, também ainda não sabe qual será seu futuro e aguarda uma reunião com Bruno Reis para definir seu rumo na chapa proporcional. “Ainda não decidimos a coligação”, disse o dirigente partidário, que preferiu não falar abertamente se prefere uma chapinha ou um chapão para eleger seus candidatos a deputado. “Tem que ser tudo alinhado. Vou alinhar com o prefeito ACM Neto, vou alinhar com Bruno [Reis], vou alinhar com o diretório nacional, vou alinhar com os pré-candidatos…”, desconversou.
Por Guilherme Ferreira