A economia do México, a segunda maior da América Latina, recuou 0,1% em 2019, sua primeira queda em uma década, segundo dados preliminares do instituto de estatísticas (INEGI) divulgados na quinta-feira (30).
A cifra contrasta com a promessa de um crescimento de 2% no ano feita pelo presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador e com a expansão de 2,1% registrada em 2018.
Trata-se da primeira retração anual da economia desde 2009, quando o PIB mexicano caiu pouco mais de 5% golpeado pela crise financeira mundial.
A economia mexicana teve crescimento zero durante o quarto trimestre do ano passado, registrando quedas de 1% no vital setor industrial e de 0,9% nas atividades primárias. Já o setor de serviços, que inclui o importante comércio a varejo, cresceu apenas 0,3%.
As cifras do fim de 2019 mostram que a economia ficou praticamente estagnada durante a segunda metade do ano, após ter entrado em recessão técnica durante os dois primeiros trimestres.
Analistas alertaram durante o ano que os dados econômicos fracos obedecem em parte um colapso do investimento, resultado da incerteza gerada pelo governo de López Obrador, junto com uma lenta execução do gasto público.
Por isso, foram cortando mês a mês suas estimativas de crescimento econômico.