O recém-empossado presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, anunciou nesta quinta-feira (16) que seu país rompe relações diplomáticas com o governo socialista da Venezuela.
“Encerramos definitivamente relações com o governo da Venezuela”, disse Giammattei a jornalistas, após se reunir no Palácio Nacional da capital com Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O direitista Giammattei, um médico de 63 anos, disse que a medida tem caráter definitivo.
Neste sentido, anunciou que o chanceler guatemalteco, Pedro Brolo, tem instruções para que o representante do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a cargo da embaixada, que deixe a Guatemala, procedendo em seguida ao fechamento da sede diplomática.
Após esta medida, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, assegurou que Giammattei “se jogou aos pés” de seu contraparte americano, Donald Trump. “Com certeza, seu governo vai se tornar mais uma piada de mal gosto (…)”, escreveu Arreaza no Twitter.
Em novembro passado, já como presidente eleito, Giammattei antecipou que ao assumir o cargo romperia os vínculos com Maduro e só reconheceria o líder opositor Juan Guaidó como presidente encarregado do país sul-americano.
O governo do ex-presidente Jimmy Morales (2016-2020) admitiu Guaidó em janeiro de 2019, mas a embaixada venezuelana continuou funcionando com um encarregado de negócios, responsável pela missão desde 2018, depois que o governante pediu a retirada da embaixadora Alicia Salcedo um ano antes.
Giammattei tentou entrar em outubro passado na Venezuela para se encontrar com Guaidó, mas não foi admitido porque apresentou um passaporte italiano e sua visita não tinha fins turísticos ou particulares.
Segundo o novo presidente, sua intenção era convidar Guaidó – líder do Parlamento – para sua posse, que ocorreu na terça-feira, e pedir a Maduro a libertação de “presos políticos” e a “convocação imediata de eleições democráticas”.
De acordo com o novo governo guatemalteco, a Venezuela esteve representada na posse de Giammattei por Maria Romero, designada por Guaidó como embaixadora na Guatemala, mas radicada em Miami, nos Estados Unidos.
A Guatemala é membro ativo do Grupo de Lima, integrado por países latino-americanos e do Caribe que reconhecem Guaidó como presidente.