As notícias sobre a atuação do secretário especial de Comunicação Social (Secom),Fábio Wajngarten, em uma empresa de marketing consumiram boa parte da agenda do presidente Jair Bolsonaro e de vários ministros do Planalto nesta quarta-feira. Bolsonaro chegou a convocar uma reunião para discutir o caso mas, ao final do dia, depois do seu pronunciamento no canal oficial do governo, a TV Brasil 2, a situação estava sendo considerada “sob controle”, segundo interlocutores do presidente.
A presença do seu superior hierárquico, o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, ao seu lado, no pronunciamento na TV do governo federal, foi uma espécie de “apoio explícito” a Wajngarten.
Depois da fala do secretário, de acordo com um dos interlocutores do presidente, a primeira avaliação, foi de que ele abordou o tema com transparência e coragem moral. Foi pedido a ele que tenha em mãos para se defender todos os documentos relativos à empresa. Neste momento, portanto, pela forma como se apresentou, Fábio continua com respaldo do presidente e do ministro Ramos, pelo menos desta vez. Outro interlocutor lembrou que Bolsonaro não iria entregar a cabeça de seu auxiliar por denúncia na imprensa. No entanto, todos sabem que muitos outros desmembramentos do caso poderão surgir e daí a atenção no Planalto, e a preocupação com o que ainda está por vir.