Em um pequeno auditório com 55 cadeiras no subsolo de um hotel em Brasília, o PSC oficializou, nesta sexta-feira (20), Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para ser o candidato do partido à Presidência da República.
“Estamos sem microfone de propósito”, disse o presidente do PSC, Pastor Everaldo, antes de passar a palavra a Rabello.
Em discurso, o economista não mencionou bandeiras usadas pelo PSC na campanha de 2014, quando Everaldo foi candidato, como a defesa da família formada por homem e mulher e críticas relacionadas ao aborto. Ao focar na área econômica, Rabello disse que apoia o modelo capitalista de livre mercado, mas não no formato vigente no Brasil.
“Este capitalismo, que é mais do que selvagem, é espúrio, de corporações, de juro alto e imposto escandaloso, isso vai acabar”, disse.
Rabello afirmou que vai “distribuir din din” aos brasileiros através de um fundo de Previdência. Sem dar detalhes, disse que recursos da máquina estatal, que somam R$ 2 trilhões, serão revertidos para esse fundo, o que daria um saldo de R$ 10 mil para cada brasileiro.
Sem definições sobre alianças, o presidente do PSC disse que está dialogando com partidos, como o nanico PRTB de Levy Fidelix, mas avalia montar uma chapa puro sangue se as negociações não progredirem.
“Queremos nos aproximar do povo brasileiro. Essa é a nossa coligação principal”, afirmou Rabello, ressaltando ter preferência pela indicação de uma mulher como candidata a vice.
“Ficaria muito feliz se o vice fosse uma mulher. Uma mulher perto da gente sempre nos deixa fazer menos bobagem”, disse.
Entre as propostas de campanha, estarão a defesa da prisão perpétua para homicidas e a promessa de abrir mão do salário de presidente enquanto o Brasil registrar déficit fiscal.
Rabello ainda prometeu fazer uma consulta pública após dois anos de governo para que a população decida se ele e seu vice devem continuar no comando do país ou se devem ser derrubados.
Nas eleições, Rabello espera que o PSC eleja a maior bancada já formada pelo partido na Câmara e no Senado, totalizando “pelo menos” 35 parlamentares. Hoje, o PSC tem nove deputados e não conta com nenhum senador.