Outros partidos buscam protagonismo e não descartam lançar candidaturas próprias para as próximas eleições presidenciais. O DEM quer fortalecer o nome da legenda no pleito de outubro, e tentar controlar prefeituras de cidades grandes e capitais para se capitalizar eleitoralmente para 2022. “Queremos independência e autonomia e não sermos meros coadjuvantes, mas protagonistas do processo eleitoral”, afirma o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB).
“O partido tem experimentado sua melhor fase de crescimento dos últimos anos. Chegamos a 2020 com envergadura política bastante fortalecida. Afinal, hoje contamos com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP). Além disso, temos prefeitos em capitais, como o ACM Neto, em Salvador (BA); e fizemos as filiações de Gean Loureiro, em Florianópolis (SC); e de Rafael Greca, em Curitiba (PR). A pretensão é aumentar o número de capitais em 2020. Para nós, isso é visto como um degrau para as eleições presidenciais”, detalha.
Apesar de não haver nenhuma sinalização concreta por parte dos políticos filiados à sigla, Filho acredita que a escolha do eventual presidenciável do DEM ficaria entre Maia, ACM Neto e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. “Tudo vai depender da conjuntura futura. Mas é certo que esses nomes fizeram o DEM ficar extremamente fortalecido e reconhecido na opinião pública”, frisa.
A construção de alianças, no entanto, não está descartada e é algo considerado “natural”. O parlamentar disse que as parcerias podem ser feitas com partidos de centro-direita, como o PSDB e o PL, ou de esquerda mais moderada, como o PSB e o PDT, ao qual é filiado o ex-candidato ao Planalto em 2018, Ciro Gomes. “São possibilidades remotas e ainda é cedo para cravar. Entretanto, o que é certo é que queremos priorizar os nomes internos”, diz o deputado.