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segunda-feira 23 de dezembro de 2019 às 07:10h

João Roma diz que o prefeito ACM Neto vai eleger seu sucessor

POLÍTICA


Em entrevista publicada nesta segunda-feira (23) pelo jornal Tribuna da Bahia, o deputado federal João Roma (Republicanos) diz que acredita que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), vai conseguir eleger o seu sucessor na eleição do próximo ano. Para ele, o eleitor soteropolitano vai proteger um legado da administração do democrata. “O reconhecimento do êxito da gestão do prefeito ACM Neto é notório. Então, as pessoas enxergam isso com muita clareza. Você vê isso quando anda no ônibus, no táxi. A população está orgulhosa da sua cidade. Eu não vejo solo fértil para correntes de candidaturas que não reconheçam os avanços. Claro que o processo democrático é um momento de oxigenação, discussão, mas são muito nítidos os avanços. A população deve buscar enxergar isso e proteger o legado”, declarou.

Relator da reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Roma voltou a defender a simplificação da cobrança de impostos. “Tenho me dedicado muito à questão tributária. Espero que a gente consiga focar no próximo semestre. A reforma tributária passa a ser a caixa de marcha das transformações. Só com a simplificação da estrutura tributária a gente vai conseguir efetivamente mais investimentos. E, por consequência, mais emprego e oportunidades para o Brasil”, pontuou.

O parlamentar ainda defendeu que sejam feitos ajustes no Estado sem destruí-lo. “O inimigo brasileiro não é a burocracia. Não é o funcionalismo. Não é a estrutura do Estado. É a sua anomalia, a disfunção. É isso que precisa ter ajuste. Os discursos precisam ser aprofundados. O Estado precisa ser focado no cidadão que mais precisa, mas, por outro lado, não pode ter uma destruição dos mecanismos de proteção, de justiça. Não podemos confundir ajuste com a destruição”, acrescentou. Ainda de acordo com Roma, a reforma da Previdência foi satisfatória e deve trazer avanços ao país: “Eu acho que o trabalho do Congresso Nacional foi satisfatório até porque aprofundou a discussão. Deixou mais transparente para a população brasileira do que se tratava. Os chavões diziam que era para retirar direitos, mas não é verdade. A reforma atingia muito mais nuances do funcionalismo público. E o Congresso Nacional serviu também para defender quesitos que são muito importantes para o equilíbrio da nossa sociedade. Destaco o BPC e aposentadoria rural. Mantivemos esses benefícios para proteger as camadas menos favorecidas da nossa sociedade”.

Como o senhor vê o momento da política no país?

João Roma – Eu acho que continua tenso. Tenso porque esse ano de 2019 foi o primeiro ano do reflexo do fenômeno eleitoral que aconteceu em 2018, onde a população estava muito indignada com a classe política. O que resultou em uma renovação de mais de 50% do Congresso Nacional. E havia também uma sensação de exagero do Estado, que estava muito voltado para a sua própria existência. O que explica a expressão menos Brasília e mais Brasil. O que precisa tomar cuidado. O inimigo brasileiro não é a burocracia. Não é o funcionalismo. Não é a estrutura do Estado. É a sua anomalia, a disfunção. É isso que precisa ter ajuste. Os discursos precisam ser aprofundados. O Estado precisa ser focado no cidadão que mais precisa, mas, por outro lado, não pode ter uma destruição dos mecanismos de proteção, de justiça. Não podemos confundir ajuste com a destruição.

 Como o senhor avalia a atuação do presidente Jair Bolsonaro, que se envolve constantemente em polêmica? O senhor acredita que prejudica de alguma forma o governo?

João Roma – Cada líder político tem seu estilo. Eu obviamente faria diferente. Mas cada um que chegasse lá faria diferente. Ocorre que Bolsonaro se revela hoje exatamente como se revelava no período eleitoral. Pode causar repulsa para uma camada da população. Mas foi com essa conduta, esse estilo, que ele convenceu 50% mais um dos brasileiros e chegou a presidente da República. Por um lado, ele conseguiu falar com a população sobre muitas indignações. Por outro lado, há uma expectativa dos brasileiros de um caminho mais sereno. É um pouco controverso falar sobre isso. Mas, chegam momentos que o que se espera da condução é uma alguma serenidade, alguma previsibilidade. Neste aspecto, acho que em alguns momentos o presidente poderia ser mais comedido. Buscar apenas não só responder de maneira imediatista os clamores, mas fazer algumas inflexões para ver qual o melhor caminho para o Brasil.

Qual o balanço que o senhor faz do primeiro ano de mandato?

João Roma – Primeiro, eu termino o ano de 2019 com muita felicidade. Eu consegui me encontrar no Congresso Nacional. Não é uma tarefa fácil. O ritmo de vida é diferente. Foi um ano de estreia e termino o ano com muita felicidade, porque já nesta estreia eu consegui despontar entre os 100 deputados mais influentes do Congresso. Do grupo de novatos, que representa mais de 50% do Parlamento, eu fui um dos 18 a conseguir se destacar. Então, por si só, já me deixa muito feliz. Foi muita dedicação desde o dia em que me elegi. Não faltei um dia. Consegui também me encontrar no trabalho legislativo. Não é a toa que consegui várias relatorias, como na CCJ. Destaco a regra de ouro e a que mais marcou foi a reforma da Previdência. Fui relator na CCJ, sou membro da comissão especial e fui designado para comissão mista. Essa reforma hoje é a que pode gerar mais impacto na geração de empregos no Brasil. Há um claro da sociedade brasileira por uma simplificação das estruturas tributárias que é muito confusa. Não é a toa que o Brasil fica em um dos últimos em eficácia de arrecadação. Tenho me dedicado muito à questão tributária. Espero que a gente consiga focar no próximo semestre. A reforma tributária passa a ser a caixa de marcha das transformações. Só, com a simplificação da estrutura tributária a gente vai conseguir efetivamente mais investimentos. E, por consequência, mais emprego e oportunidades para o Brasil.

A reforma da Previdência aprovada vai atender o que governo quer e, ao mesmo tempo, não prejudicar muito a população?

João Roma – Eu acho que o trabalho do Congresso Nacional foi satisfatório até porque aprofundou a discussão. Deixou mais transparente para a população brasileira do que se tratava. Os chavões diziam que era para retirar direitos, mas não é verdade. A reforma atingia muito mais nuances do funcionalismo público. E o Congresso Nacional serviu também para defender quesitos que são muito importantes para o equilíbrio da nossa sociedade. Destaco o BPC e aposentadoria rural. Mantivemos esses benefícios para proteger as camadas menos favorecidas da nossa sociedade. E acho que a reforma da Previdência já cumpriu o seu papel. Hoje, pelos números que estão apresentados na bolsa valores, pela confiança do Brasil, tudo isso já reflete expectativa do mundo inteiro de que o Brasil saberia fazer o dever de casa. Foi um gesto de responsabilidade.

Um tema que foi discutido foi o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro. Foi aprovada uma versão mais enxuta no Congresso. Como o senhor avalia?

João Roma – Eu acho que foi um avanço muito grande. Destaque-se que nos últimos anos foi o maior avanço em legislação de matéria penal no Brasil. Cabe o reconhecimento à figura do ministro Moro enquanto integrante do Poder Executivo. A população enxerga Moro como símbolo do Judiciário, mas ele conseguiu mostrar que traz essa experiência para o benefício do dia a dia do cidadão brasileiro. Então, a aprovação do ministro Moro, o estudo sobre a matéria, e a consolidação ainda em 2019 do avanço na legislação mostram que caminhamos para um Brasil com segurança jurídica, sem admitir a impunidade do crime organizado.

O senhor foi eleito para presidir a comissão especial das startups. Do que vai tratar a comissão?

João Roma – Há um projeto de autoria do deputado JHC, do Estado de Alagoas, que visa fazer o marco legal das startups. Até porque, termina que hoje o mundo real, com adventos da tecnologia de informação e comunicação, caminha com passos muito mais largos do que a legislação. Hoje, a maneira de constituir empresas e empreender se dão de maneira muito mais eclética do que o que está previsto na legislação. O que nós visamos avançar nesta nova comissão é justamente prosseguir com isso para que a gente possa fazer do Brasil um país atrativo para novas iniciativas. E que a gente possa traduzir isso em desenvolvimento ao seu povo. Nós teremos já agora em janeiro em Salvador uma reunião da comissão com a maioria dos deputados dessa comissão para apresentar o hub, por exemplo, para estar sintonizado com a realidade do dia a dia do cidadão brasileiro.

 Falando de 2020, quais os planos do Republicanos em Salvador? Há chance de ter candidatura própria à Prefeitura?

João Roma – Quem quer apoio também se propõe a dar apoio. O PRB tem sido uma grande protagonista da transformação da cidade de Salvador ao lado do prefeito ACM Neto. Teve a minha participação antes de ser deputado. E vários outros secretários integrantes do Republicanos ajudaram a fazer essa transformação. O Republicanos faz parte deste grupo político e quer cada vez mais estar a frente deste protagonismo. É natural que se almeje espaço de poder considerável. É natural que se almeje posto como o de prefeito. O partido estará no grupo discutindo o futuro de Salvador. Mais importante do que discutir nome é projetar o legado que Salvador recebeu que foi uma administração eficiente voltada para os que mais precisam. O partido está aberto a todas as possibilidades, de ter candidato e também de apoiar. Mas estaremos cada vez mais fortes neste protagonismo até porque é um partido, que nos seus quadros, detém dois dos principais deputados federais votados em Salvador, que sou eu e Marcio Marinho.

O partido pretende indicar a vice do candidato do prefeito ACM Neto?

João Roma – Acho que a discussão de vice deve ser mais para o final do próximo semestre. O que o partido pretende é estar ao lado do prefeito ACM Neto discutindo o futuro da cidade de Salvador, participando deste protagonismo. Não apenas se colocando numa posição de apoiador. Quem quer apoio também tem que se propor a apoiar. Em uma situação real se observar a possibilidade de o Republicanos estar à frente, não vejo dificuldade em relação a isso.

Com a mudança nas regras eleitorais, qual a expectativa em relação à bancada de vereadores em Salvador?

João Roma – Com a mudança das regras eleitorais, a vantagem fica com os partidos maiores. E o Republicanos, que tem uma grande bancada na Câmara, deve aumentar sua representação. Quanto mais for consistente a chapa maior o número de vereadores irá fazer. O PRB não só tem nomes fortes. Vereadores consolidados como tem feito um trabalho de base. O Republicanos será o primeiro partido do Brasil a registrar uma faculdade. Tem buscado encontrar novos li-deres para a sociedade. O Republicanos vai apresentar uma chapa de vereadores muito consistente e vamos ampliar a nossa representativa na Câmara de Vereadores.

Qual a sua avaliação do primeiro ano do segundo mandato do governador Rui Costa?

João Roma – O governador tem buscado enfrentar dilemas dentro do que defende o seu partido. E o que realmente precisa feito na administração. Às vezes, não tem conseguido respaldo dentro da própria base. Vejo no governador uma vontade de avançar em alguns temas, mas, por outro lado, não consigo perceber uma eficácia da sua equipe em temas que são importantes para o nosso desenvolvimento. Muitas vezes vejo lançar projetos, mas vejo pouca eficácia na nossa equalização destes problemas, como a questão do abastecimento em Vitória da Conquista, o dilema da segurança pública. São muitos temas que a gente vê que o governo abre frentes, mas nem sempre consegue observar eficácia nessas ações, como o Centro de Convenções e tantas outras coisas. A própria Embasa passou o ano todo discutindo um modelo, mas não consegue levar solução para a população de toda a Bahia.

Quais são os desafios que Salvador vai precisar superar? E que o próximo gestor irá enfrentar?

João Roma – Eu realmente fico impressionado e orgulhoso com a capacidade de investimento que a cidade de Salvador tem desenvolvido neste período da gestão do prefeito ACM Neto. Acho que as intervenções se dão de forma múltipla em todas as áreas da cidade. O que se pretende é cada vez mais criar uma cidade inclusiva. Acho que já avançou muito com essa sensação de cidadania do soteropolitano, que percebe os espaços públicos da cidade. Mas nunca é demais seguir neste rumo. O principal desafio de Salvador é, na verdade, que a população perceba esses ganhos. Em uma eleição, muitos arroubos se dão e é muito arriscado colocar todos esses avanços perante uma oposição populista. Então, me preocupo apenas em manter esse legado para a cidade.

A oposição está com vários pré-candidatos, mas nenhum nome definido para enfrentar o candidato de ACM Neto. O senhor acha que a oposição vai chegar forte?

João Roma – Eu acredito que não porque a administração da maneira que vai, com o prefeito com mais de 80% de aprovação… o reconhecimento do êxito da gestão do prefeito ACM Neto é notório. Então, as pessoas enxergam isso com muita clareza. Você vê isso quando anda no ônibus, no táxi. A população está orgulhosa da sua cidade. Eu não vejo solo fértil para correntes de candidaturas que não reconheçam os avanços. Claro que o processo democrático é um momento de oxigenação, discussão, mas são muito nítidos os avanços. A população deve buscar enxergar isso e proteger o legado.

Como avalia o movimento do secretário Leo Prates de sair do DEM para o PDT para disputar a prefeitura de Salvador?

João Roma – Olha, o secretário Leo Prates tem um bonito trabalho. Tem suas aspirações e busca ocupar novos espaços. E vislumbrou no PDT uma maneira de estar no protagonismo desta sucessão. Resta vez quem de fato vai encarnar de maneira mais ampla esse legado, essa bandeira de transformação.

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