Na última terça-feira (10), a Finlândia fez história: a ministra dos Transportes e das Comunicações, Sanna Marin, de 34 anos, se tornou a primeira-ministra do país. Ela é a mais jovem líder de Estado do mundo no momento. Teve uma carreira meteórica na política: começou aos 27 como prefeita de Tampere, sua cidade natal.
Ela assumiu o país após a renúncia de Antti Rinne. O político saiu do poder após perder a confiança do Partido do Centro, um aliado do governo. Com a entrada de Marin, representando o Partido Social-Democrata, todos os partidos aliados agora são liderados por mulheres: Li Anderson, 32 anos, chefia a Aliança de Esquerda; Maria Ohisalo, 34, a Liga Verde; Katri Kulmuni, 32, o Partido do Centro; e Anna-Maja Henriksson, 55, o Partido Popular Sueco da Finlândia.
Ela é a terceira mulher a ser primeira-ministra da Finlândia e a mais jovem da história do país. Marin é um ano mais nova que Oleksiy Honcharuk, primeiro-ministro da Ucrânia, que até então detinha o título de líder mais jovem da atualidade, com 35 anos. No Brasil, Sanna Marin seria inelegível para o cargo de presidente, que exige a idade mínima de 35 anos. O presidente mais jovem a assumir nosso país foi Fernando Collor, aos 40 anos.
Isso, claro, sem contar Dom Pedro II, que chegou ao poder aos 14. Em séculos passados, não era incomum ter governantes crianças, pois os sistemas monárquicos obviamente escolhiam líderes com base na linhagem, não nas qualificações. Muitas dessas crianças nobres contavam com regentes mais velhos, que governavam até eles assumirem.
Atualmente, como as democracias liberais superaram as monarquias em grande parte do planeta – 57% dos países são democráticos, de acordo com o Pew Research Center –, os governantes tendem a ser escolhidos por eleições. Assim, os chefes de Estado mais jovens do mundo passaram de crianças para adultos na faixa dos 30.