A bancada do PSDB na Câmara dos Deputados vive uma acirrada disputa interna para a escolha do substituto de Carlos Sampaio (SP) como líder. O partido escolheu na terça-feira (10) o deputado Beto Pereira (MS). Ele foi apoiado pelo governador de São Paulo, João Doria, e disputou com Celso Sabino (PA), apoiado por Aécio Neves.
No entanto, conforme publicou o Congresso em Foco, participaram da escolha apenas 17 deputados da grupo tucano de 32.
De acordo com publicação, 15 apoiadores do deputado apoiado por Aécio não participaram da reunião porque rejeitaram a participação de um suplente na votação. A única apoiadora de Sabino a votar foi Bruna Furlan (PSDB-SP), o que permitiu o número de 17 congressistas, maioria absoluta da bancada tucana de atualmente 32 representantes.
Um dos que votaram pelo deputado do Mato Grosso do Sul é Miguel Haddad (SP), suplente que está na vaga de Guilherme Mussi (PP-SP) até quinta-feira (13).
Aliados de Sabino não reconhecem a votação e disseram que já há uma lista com 16 apoiadores que deve ser posta em votação quando Miguel Haddad sair do mandato.
Estatuto da bancada do PSDB diz que a escolha do líder acontece na quarta-feira antes do recesso de dezembro, ou seja, seria no próximo dia 18. O grupo de Aécio quer marcar uma nova votação para esta data.
O PSL viveu atrito parecido na disputa para líderes entre delegado Waldir (GO), apoiado pelo presidente da legenda, Luciano Bivar, e Eduardo Bolsonaro (SP), apoiado por seu pai, o presidente da República, Jair Bolsonaro.
No meio do processo Waldir acabou desistindo do cargo e o filho de Bolsonaro escolhido, mas posteriormente Eduardo foi suspenso do partido. Como desfecho, a bancada é liderada a partir desta quarta-feira (11) por Joice Hasselmann (SP).
Do final de 2015 ao começo de 2016, o MDB também expôs disputas internas na escolha entre Leonardo Picciani (RJ) e Leonardo Quintão (MG).