A menos de três meses das eleições, o bloco formado por DEM, PP, Solidariedade e PRB começou a traçar a estratégia para manter influência no poder em 2019. Os quatro partidos que compõem o Centrão querem indicar não apenas o vice na chapa do candidato com quem fizerem aliança para a disputa ao Palácio do Planalto, mas também reconduzir o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao comando da Câmara e manter ministérios estratégicos ocupados no governo de Michel Temer.
O assunto não é tratado publicamente, mas faz parte de conversas reservadas nas negociações. Dirigentes do grupo se reúnem nesta quarta-feira (11) em um almoço na casa de Maia, na tentativa de “afunilar” as opções de apoio. Até agora, o Centrão – rebatizado de “blocão” – está mais inclinado a avalizar a pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT).
Há, porém, resistências no DEM, uma vez que a maioria da bancada na Câmara prefere se aliar ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), além de dificuldades expostas pelo PRB, que não simpatiza com Ciro e flerta com o senador Alvaro Dias (Podemos). O PR se “desgarrou” do bloco porque negocia com Jair Bolsonaro (PSL), hoje líder nas pesquisas em um cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas foi convidado para o encontro de hoje.