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quinta-feira 21 de novembro de 2019 às 18:03h

Olívia defende na Assembleia um sistema para prevenir manchas de óleo

POLÍTICA


A deputada Olívia Santana (PC do B) defendeu a criação, na Bahia, de um sistema estadual integrado de prevenção, alerta e minimização de impactos ocasionados por derramamento de petróleo e outros produtos químicos. Em indicação encaminhada ao governador Rui Costa, argumentou que a Bahia foi um dos mais impactados com o recente derramamento de petróleo no litoral Brasileiro, especialmente no Nordeste.

No documento, ela lembrou que foram recolhidos mais de 800 toneladas de petróleo cru das praias de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Conde Jandaíra, Vera Cruz, Igrapiúna, Itacaré, Maraú, Ilhéus, Cairu, Valença, Jaguaripe, Nilo Peçanha, Ituberá, Belmonte, Una, Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro, Prado, Caravelas, Alcobaça, Canavieiras, Itaparica e Uruçuca. Além disso, foram encontradas manchas na foz do Rio São Francisco: “Uma lástima!”, definiu ela.

Para Olívia, é urgente que o governo federal identifique a origem do óleo e como ocorreu o derramamento, “para que os culpados por esse imenso desastre possam ser responsabilizados e punidos, além de garantir medidas imediatas que assegurem a limpeza das áreas atingidas, bem como a proteção do meio ambiente e da população impactada”.

O que ficou evidente com o ocorrido, na avaliação da deputada, é que governos e população não estão preparados para esse tipo de desastre ambiental, já que as manchas continuam aparecendo. “A imagem que marca este episódio é de um menino nas águas da praia de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife, coberto de óleo com um semblante de desalento, na tentativa de limpar o mar junto com centenas de voluntários, a maioria populares sem qualquer orientação ou preparo”, observou ela, acrescentando: “A cena se repetiu em todo litoral nordestino”.

A parlamenta pontuou ainda que desastre atingiu áreas de preservação permanente como Abrolhos, vitimou animais marinhos e aves, atingiu manguezais e impactou na vida e na economia das regiões atingidas, com prejuízos para pescadores e marisqueiras que não conseguem vender o produto do seu trabalho.

“O fato é que circulam no estado da Bahia centenas de embarcações, transportando todo tipo de produtos, e é preciso que os aparatos estatais, bem como a sociedade, estejam prontos para prevenir acidentes com derramamento de óleo e outros produtos químicos, para que estejam aptos a adotar as medidas necessárias para alertar a população e reduzir os riscos de novos desastres como o que ocorreu”, concluiu.

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