“Todas as tentativas de politizar o debate foram rechaçadas por nós imediatamente. Tanto pelo presidente, pelos ministros e pelos órgãos federais”, disse Salles
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, diz que parte da esquerda tenta tirar uma “lasquinha” e “politizar” o debate sobre o vazamento de óleo nas praias brasileiras. Afirma que alguns políticos tentaram construir a narrativa de que o governo de Jair Bolsonaro não quis ajudar o Nordeste. Para o ministro, essa tese é “absolutamente mentirosa”.
“Todas as tentativas de politizar o debate foram rechaçadas por nós imediatamente. Tanto pelo presidente, pelos ministros e pelos órgãos federais”. Os governos da região são, em geral, de partidos políticos adversários de Bolsonaro. O militar foi eleito pelo PSL com 57,8 milhões de votos (55,13%) em todo o país. Conseguiu 8,8 milhões (30,3%) nos 9 Estados nordestinos, contra 20,3 milhões (69,7%) do petista Fernando Haddad. Atualmente o presidente cogita a criação de 1 partido para que seus aliados possam disputar a eleição de 2020.
As declarações do ministro do Meio Ambiente foram feitas em entrevista a Fernando Rodrigues, diretor de Redação do Poder360 e apresentador do programa Poder em Foco, do SBT.
Salles também reclama que o governo venezuelano até hoje não respondeu ao pedido de informações sobre o óleo que atinge as praias do Nordeste e do Sudeste. Critica o presidente Nicolás Maduro, a quem acusa de ter promovido a “falência” que levou a Venezuela a “perder o controle” sobre o petróleo produzido no país.
O Brasil solicitou informações por meio da OEA (Organização dos Estados Americanos) para tentar identificar a empresa que poderia ter adquirido o óleo. No entanto, não obteve retorno.
“Como ano que vem tem eleições, muitos desses que fazem essa crítica sem fundamento tentam tirar uma lasquinha política e criar uma narrativa. Não vou citar um caso concreto. Tenho certeza que a população saberá fazer essa diferenciação. Muitos desses que tentam fazer essa política são alinhados a Maduro, do governo socialista da Venezuela. A falência do modelo [da Venezuela], que alguns querem fazer no Brasil, no Nordeste e em outros lugares, fez com que não houvesse controle sobre o óleo. E esse é o óleo que chega ao Brasil e suja as praias do Nordeste.”